Segundo adiantou Michele Bachelet, que foi Presidente do Chile entre 2014 e 2018, em comunicado, o uso excessivo da força pelas forças de segurança bolivianas “é extremamente perigoso” e poderá conduzir a uma “situação degenerativa”.
O ex-Presidente boliviano Evo Morales, que se refugiou depois de abandonar o cargo, defendeu que a ONU a deveria mediar a crise política no país e admitiu pedir a intervenção da Igreja Católica e do papa Francisco, numa entrevista recentemente divulgada pela agência de notícias Associated Press.
“Tenho muita confiança na ONU”, declarou Morales, que expressou o desejo de ver aquele organismo mundial como “um mediador, não apenas um facilitador, talvez acompanhado pela Igreja Católica”. E, “se for necessário, o papa Francisco”, acrescentou.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou um representante à Bolívia por forma a apoiar os esforços para encontrar uma solução pacífica para a crise social e política naquele país.
Morales afirmou ter sido deposto do cargo através de um golpe de Estado que o forçou a exilar-se no México.
A líder interina da Bolívia, a senadora Jeanine Anez, foi reconhecida por alguns países, mas enfrenta uma batalha árdua na organização de novas eleições.
A Constituição boliviana estabelece que um Presidente interino tem 90 dias para organizar uma eleição. .
A renúncia de Morales surgiu após protestos em todo o país por suspeita de fraude eleitoral na eleição de 20 de outubro, na qual o então governante alegou ter conquistado um quarto mandato.
Uma auditoria da Organização dos Estados Americanos constatou irregularidades generalizadas no escrutínio.
Grande parte da oposição a Morales foi desencadeada pela recusa do chefe de Estado boliviano em aceitar um referendo que o poderia proibir de concorrer a um novo mandato.
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