O índice PSI encerrou a sessão de sexta-feira a derrapar 0,59%, até aos 6.679 pontos. A bolsa de Lisboa deu assim sequência às perdas que se registaram na véspera, em face da desilusão dos mercados com os resultados de determinadas cotadas, como é o caso da Altri.
A Altri apresentou contas e a desilusão dos investidores fez-se sentir, apesar dos aumentos significativos registados ao nível das receitas e lucros. As ações caíram 5,45%, de tal modo que se ficaram pelos 5,035 euros nas negociações.
Entre as perdas mais acentuadas, seguiu-se a Jerónimo Martins. Depois de tombar mais de 16% na quinta-feira, o grupo dono da marca Pingo Doce caiu 3,87% em bolsa na última sessão da semana, para 15,67 euros. Em causa estão os resultados do primeiro semestre, que refletem uma redução de 30% nos lucros e indicam números substancialmente mais fracos do que era previsto pelos mercados.
Também a energética REN viu os lucros caírem, na ordem de 23% no primeiro semestre. As ações refletiram as contas, ao recuarem 2,09%, até aos 2,34 euros. assim como o BCP, que caiu 1,39%, até aos 0,3842 euros.
Em sentido contrário, a Mota-Engil subiu 2,92% e alcançou os 3,666 euros por título. A EDP Renováveis foi outra das cotadas que apresentou contas referentes ao primeiro semestre, com os lucros a aumentarem 163%. Os títulos da energéticas deram um salto de 1,64%, para 14,29 euros. A parceira EDP saiu beneficiada e valorizou 1,29% a fechar o dia, até aos 3,778 euros.
Olhando aos mercados europeus, o sentimento foi bastante diferente, com os principais índices a registarem subidas. Reino Unido e França a lideraram os ganhos, ao subirem 1,28% e 1,22%, respetivamente. Seguiu-se o índice Euro Stoxx 50, que deu um salto de 1,03%, ao passo que a Alemanha se adiantou 0,68%. Mais atrás, Espanha somou 0,17% e Itália ganhou 0,14%.
Na próxima semana: resultados, PIB, inflação e juros
A época de resultados prossegue esta semana, com os CTT e a Corticeira Amorim a serem os primeiros a apresentar contas, já esta segunda-feira. Seguem-se Sonae e EDP, na terça-feira, ao passo que o BCP fará o mesmo na quarta-feira.
Em termos macro, não há destaques de relevo para esta segunda-feira mas, no dia seguinte, vai ser conhecido o comportamento da economia portuguesa no segundo trimestre. O INE vai divulgar os dados do PIB (subida de 0,8% em cadeia e 1,5% em termos homólogos no primeiro trimestre).
O mesmo dia ficará também marcado pelos dados do PIB das economias da zona euro, que vão ser dados a conhecer pelo Eurostat.
No dia seguinte, quarta-feira, o mesmo vai acontecer com os dados da inflação. O INE divulga o Índice de Preços no Consumidor (IPC) da economia portuguesa em julho, seguido pelo Eurostat, que fará o equivalente para as economias europeias.
Na quinta-feira chegará da Fed uma decisão de grande relevo, já que vai ser conhecida a política monetária para o mês de agosto, numa altura em que um primeiro corte nos juros parece ser uma possibilidade, aos olhos de muitos analistas.
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