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Bolsa de Lisboa cai em contra-ciclo arrastada pela Jerónimo Martins, pela Semapa e Altri

O PSI caiu 0,49% para 5.393,5 pontos arrastado pela quedas de quase 2% da Jerónimo Martins e ainda pelas descidas de mais de 1% das Altri, Semapa, Mota-Engil e CTT. Na Europa o verde dominou.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
29 Abril 2019, 18h14

A Bolsa de Lisboa fechou em queda em contraciclo com as principais praças europeias. O PSI caiu 0,49% para 5.393,5 pontos arrastado pela quedas de 1,99% da Jerónimo Martins (para 14,5 euros) e ainda pelas descidas de mais de 1% das Altri (-1,67% para 7,07 euros), Semapa (-1,48% para 14,64 euros), Mota-Engil (-1,41% para 2,376 euros) e CTT (-1,03% para 2,684 euros). Também a Pharol recuou 1,24%. “O PSI20 contrariou o ambiente positivo na Europa com Jerónimo Martins a liderar as perdas. Galp reagiu em baixa à queda dos lucros no 1ºtrimestre”, relata o analista da MTrader, Ramiro Loureiro.

A Galp teve um resultado líquido de 103 milhões de euros (-24%), o que desilude o esperado pelo consenso Bloomberg (que era de 114,5 milhões).

O EBITDA do 1º trimestre sobe 9% em termos homólogos e totaliza 494 milhões de euros (versus 511 milhões esperados).

na Europa o EuroStoxx 50 fechou a ganhar 0,04% para 3.501,94 pontos; o FTSE 100 subiu 0,17% para 7.440,7 pontos; o CAC 40 subiu 0,21% para 5.581 pontos; o Dax avançou 0,10% para 12.328 pontos; o FTSE MIB valorizou 0,23% para 21.788,6 pontos e o espanho, IBEX fechou em alta de 0,12% para 9.517,2 pontos.

Os investidores foram ganhando otimismo ao longo da sessão, que acabou por terminar no verde. Os fracos volumes negociados foram uma constante (-17% face à média das últimas 20 sessões para o índice Euro Stoxx 50), relata o analista da MTrader, do grupo BCP.

“As eleições espanholas dominaram as manchetes e trouxeram novo impasse político, de certa forma já antecipado, algo que o mercado acabou por absorver com naturalidade. Últimas notas indicam que o PSOE terá a intenção de governar sozinho”, lê-se na nota do BCP.

“Sessão marcada ainda por alguns destacamentos de dividendos entre os quais os da Bayer e Inditex”, escreve o analista.

O IBEX era dos mais pressionados esta manhã, justificado em grande parte pelo destacamento de dividendo da Inditex, mas recuperou.

Destaque ainda para o Bankia ( que subiu em bolsa 2,92%) com lucros acima do esperado. O resultado líquido de 205 milhões no 1ºtrimestre compara com os 193 milhões esperados pelo consenso Bloomberg. A margem financeira líquida praticamente em linha com o esperado. Ascende a 502 milhões de euros. O rácio CET 1 fully loaded é de 12,6% (versus 12,5% no 4º trimestre de 2018).

Em termos macroeconómicos, em abril de 2019, o Indicador de Sentimento Económico (ISE – ajustado de sazonalidade) para Portugal registou um valor de 106,4 pontos, o que compara com o valor de 106,6 pontos verificado em março de 2019.

Para a evolução negativa contribuíram os sectores da Indústria (de -2,8 para -4,9 pontos), ao contrário dos Serviços (de 12,8 para 12,9), Construção (de -12,2 para -9,7) e Comércio a Retalho (de 1,5 para 1,6). Para o mesmo período, o Indicador de Confiança dos Consumidores aumentou de -10,9 para -8,0.

No mesmo mês, o ISE registou uma diminuição de 1,5 pontos na União Europeia (de 105,2 pontos em março para 103,7 pontos em abril), enquanto a Zona Euro apresentou uma diminuição de 1,6 pontos (de 105,6 pontos em março para 104,0 pontos em abril).

Em abril de 2019, o Indicador de Clima de Negócios da Zona Euro diminuiu 0,12 pontos para 0,42 pontos.

Os juros soberanos subiram na Alemanha (+2,5 pontos base para 0,003%) ao passo que em Portugal caíram 0,5 pontos base para 1,125% e Espanha, após eleições, viu os seus juros caírem 1,1 pontos base para 1,013% e Itália ao contrário viu os juros agravarem 0,10% para 2,585%.

O euro sobe 0,26% para 1,1180 dólares.

O petróleo valoriza em londres 0,36% para 72,41 dólares o barril.

 

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