A bolsa portuguesa está a negociar em terreno negativo ao meio da manhã desta sexta-feira, 22 de março, acompanhando a maré vermelha das suas congéneres europeias. Apesar de ter arrancado com uma subida de 0,28%, para 5.282,59 pontos, o principal índice nacional está agora a desvalorizar 0,95%, para os 5.217,98 pontos. Em causa está o facto de o indicador de atividade industrial da zona euro ter descido em março, sobretudo por causa da Alemanha e de França.
A REN – Redes Energéticas Nacionais é uma das cotadas que sobressai pela queda de 2,20%, para 2,58 euros, na sequência de ter apresentado uma redução dos lucros de 8,1%, para 115,7 milhões de euros no exercício de 2018, a que culpou com a CESE. Segundo a análise dos especialistas do CaixaBank/BPI Research, os resultados relativos ao quarto trimestre da empresa liderada por Rodrigo Costa, embora superiores às previsões, não deverão conduzir a uma alteração das estimativas futuras. A energética vai propor que dividendo se mantenha nos 17,1 cêntimos.
O trader do Millennium bcp Ramiro Loureiro destacou a abertura em alta na maioria das praças europeias, depois de a União Europeia ter dado até 12 de abril para a primeira-ministra britânica, Theresa May, tomar uma decisão sobre o Brexit. No entanto, este otimismo acabou por se desmoronar. De acordo com este analista, “na primeira hora de negociação as atenções podem estar centradas nos valores preliminares de atividade. Para já de notar uma revisão em alta da EDP, as contas da REN e os resultados da Nike nos Estados Unidos, que podem mexer com cotadas como Adidas e Puma”.
A penalizar o PSI-20 estão ainda as ações da Nos (-2,20%, para 2,58 euros); da Mota-Engil (-2,93%, para 2,15 euros); do BCP (-1,10%, para 0,22%), bem como os da Galp Energia (-0,74%, para 14,13 euros). Os títulos da Sonae também caem (-0,92%). Na apresentação de resultados da retalhista, que se realizou esta quinta-feira de manhã, Ângelo Paupério, co-CEO, revelou que o grupo investiu 1,2 mil milhões de euros em 2018.
Por outro lado, a EDP – Energias de Portugal avança 0,29%, para 3,43 euros, depois de o banco de investimento Goldman Sachs ter revisto em alta esta cotada. Em contraciclo está também a Corticeira Amorim, com um ganho de 0,19%, para 10,72 euros.
Nas restantes praças do ‘Velho Continente’, reina igualmente o ‘vermelho’. O índice alemão DAX perde 0,54%, o britânico FTSE 100 desce 0,86%, o francês CAC 40 desvaloriza 0,96%, o holandês AEX cai 0,39%, o italiano FTSE MIB perde 1,22% e o espanhol IBEX 35 recua 0,77%. O Euro Stoxx 50 está a ser marcado por uma desvalorização de 0,86%. “Um dos catalisadores mais recentes das bolsas europeias tem sido a descida das taxas de juro soberanas através do seu efeito positivo nas ações mais defensivas. Assim sendo, o comportamento das yields continuará a ser uma variável merecedora de acompanhamento”, explicam os analistas do CaixaBank/BPI Research, no habitual «Diário de Bolsa».
Quanto à cotação do barril de Brent, desce 1,06%, para 67,14 dólares, enquanto a cotação do crude WTI recua também (-1%, para 59,38 dólares por barril). No mercado cambial, nota para a depreciação de 0,59% do euro face ao dólar (1,1305) e para a desvalorização ligeira de 0,02% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,3104).
Notícia atualizada
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