A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde são negociadas as ações das maiores empresas do Brasil, paralisou pela segunda vez esta quinta-feira ao registar uma queda de 15%, a 72.026 pontos, por volta das 11:15 locais (14h15 em Lisboa).
O Ibovespa, principal índice da Bovespa, havia parado suas negociações logo após a abertura das negociações, por volta das 10:22 locais (13:22 em Lisboa), quando caía 11,65%, a 75.247 pontos.
As duas paralisações foram causadas pelo acionamento do chamado “circuit breaker”, termo em inglês usado para nomear um sistema automático de interrupção de operações devido a fortes flutuações no mercado de ações.
O sistema prevê uma interrupção inicial dos negócios por 30 minutos, quando houver uma queda de mais de 10% e, uma vez reaberto, outra interrupção de uma hora no caso de as quedas excederem os 15%, como ocorreu hoje.
Além do mercado e ações, a moeda brasileira está a sofrer grande desvalorização. O dólar operou em forte alta face à moeda brasileira, o real, superando pela primeira vez na história a marca de 5,01 reais para cada dólar.
O Banco Central do Brasil interferiu no mercado fazendo leilões de dólares à vista e conseguiu reduzir um pouco a desvalorização da moeda local.
Às 11:20 locais, a moeda norte-americana subia 3,87% face ao real e cada dólar era comercializado a 4,90 reais.
O mercado brasileiro tem sido muito afetado pela crise causada pelo novo coronavírus e pela volatilidade dos preços do petróleo.
Segundo os média locais, o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, reconheceu que dependendo do impacto do Covid-19 a economia do país pode crescer 1% em 2020, valor muito abaixo da última estimativa oficial de 2,1% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada esta semana pelo Governo brasileiro.
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