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Bolsa de Valores de Cabo Verde sugere união dos Fundos do Ambiente, Turismo e Rodoviário

Emanuel Lima considera que esta pode ser a solução para grandes investimentos em Cabo Verde.
6 Dezembro 2018, 15h42

O presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV), Emanuel Lima, defende que a alavancagem de fundos financeiros é o mecanismo que melhor se ajusta às atuais necessidades de financiamento em Cabo Verde. Emanuel Lima propõe que se juntem os Fundos do Ambiente, Turismo e Rodoviário.

A proposta do presidente da BVCV foi apresentada numa mesa redonda sobre o tema: “acelerando a dinâmica de crescimento com base na alavancagem dos fundos, que se realizou esta quarta-feira na sede desta instituição, na cidade da Praia. O evento contou com a presença de altos quadros de instituições financeiras e do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

O presidente da BVCV entende que os Fundos do Ambiente, Turismo e Rodoviário podem ser a solução para grandes investimentos em Cabo Verde. Emanuel Lima entende que a “alavancagem” ou “titularização” de crédito responde as necessidades do governo de acelerar a dinâmica de crescimento.

“A ideia não é ir buscar ou alavancar a totalidades destes fundos, mas apenas uma parte, porque pode haver aumento e diminuição da procura e, assim, este risco é mitigado. O que se pretende é numa perspetiva semestral ir pagando o capital e juros e não deixar tudo para o fim”, disse.

A legislação existente não permitia que um fundo fosse dado como garantia, explica Lima, que aponta que já foram “removidos estes constrangimentos” a fim de permitir que quem compra saiba que em função das receitas futuras serão canalizadas para o cupão em juro”.

Um tipo de financiamento “bastante utilizado” a nível da União Europeia e de outros países. Para Emanuel Lima, os riscos deste tipo de financiamento foram ultrapassados e a utilização de parte destes três fundos vai motivar grandes investimentos no país.

“ A ideia é juntar a esta solução o mecanismo de “Market making” – ou seja: pode-se comprar hoje e vender amanhã, no sentido de termos mais pessoas beneficiadas com isso e fazer com que todos beneficiem com o turismo. Se, por um lado, temos receita do turismo, por outro lado, quem investe vai receber as receitas do turismo.”, defendeu.

O exercício inicial foi feito com o Fundo do Turismo, mas aquilo que se percebeu é que há menos riscos em juntar os três fundos do que ficar apenas com um, referiu o presidente da BVCV. Emanuel Lima aponta que a proposta é de que o valor máximo de financiamento seja 18 milhões de contos.

A alavancagem é um instrumento financeiro, cujo o nome é Titularização de Crédito que permite aos países irem de imediato obter os financiamentos para as suas políticas públicas, e as receitas futuras servirão para pagar os juros e o cupão deste financiamento.

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