A bolsa de Lisboa está a avançar 0,21%, em contraciclo com as principais praças europeias, que denotam um sentimento negativo. A Ibersol protagoniza o crescimento mais acentuado do PSI, na ordem de 3,06%, até aos 6,74 euros por ação, no meio da sessão desta segunda-feira.
Entre as cotadas com melhores variações surge ainda a Mota-Engil, a ganhar 1,49%, para 2,045 euros, ao passo que a Galp valoriza 0,95% e está agora nos 10,64 euros.
No vermelho seguem a Corticeira Amorim, com uma queda de 0,73%, para os 9,49 euros, ao passo que a Greenvolt está a contrair 0,72%, para euros. O BCP, por seu turno, derrapa 0,38%, para 0,2082 euros por título.
Entre as mais importantes congéneres europeias, o sentimento é negativo, com a Itália a ser protagonista do decréscimo mais acentuado, na ordem de 0,47%, para 2.662,1 pontos. Em simultâneo, a Alemanha está a recuar 0,26%, até aos 15.788,48 pontos, ao mesmo tempo que o Reino Unido escorrega 0,25%, agora em 1.207,7 pontos. Espanha está a cair 0,08%, para 9.258,17 pontos, ao passo que o Euro Stoxx 50 derrapa 0,06%, até aos 4.268,95 pontos.
No verde surge apenas a França, com ganhos muito ligeiros, na ordem de 0,06%, para 7.167,95 pontos.
Nas commodities, o brent está a subir 0,28% e o barril ascende a 74,22 dólares, ao passo que o crude está 0,22% mais caro, em 69,31 dólares por barril. O gás natural sobe 0,49%, até aos 2,857 dólares.
“As principais praças europeias mantêm a tendência negativa do início de sessão, penalizadas pelos maiores receios geopolíticos na sequência da recente incerteza advinda da Rússia, após a rebelião do grupo Wagner este fim de semana, que trouxe receios à escala global”, de acordo com o analista de mercados do Millenium Investment Banking Ramiro Loureiro.
“O PSI contraria, com Galp Energia que segue animada com o setor. Já Greenvolt lidera as perdas, seguida pelo BCP, sob os maus ventos do setor, apesar de ter visto a sua unidade polaca a ter um upgrade por uma casa de investimento”, refere o mesmo analista.
No rescaldo da tensão na Rússia, “os setores relacionados com matérias-primas, como o de Recursos Naturais, o Químico e o Energético, são os que valorizam, em resposta à apreciação dos preços das commodities. Já sectores mais cíclicos, como o de Imobiliário e o da Banca, estão entre os mais penalizados, com o último a ser também castigado com o recuo das yields de dívida soberana, o que revela também uma maior procura por ativos de refúgio pelos investidores”, acrescenta ainda.
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