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Bolsa portuguesa acompanha Europa em queda. BCP pressiona PSI 20

Após três sessões consecutivas de ganhos, o principal índice bolsista português (PSI 20) perde  0,86%, para 4.595,97 pontos, em linha com as principais congéneres europeia.
4 Junho 2020, 08h43

Após três sessões consecutivas de ganhos, o principal índice bolsista português (PSI 20) perde  0,86%, para 4.595,97 pontos, em linha com as principais congéneres europeia, esta quinta-feira, 4 de junho.

Desta forma, o otimismo verificado entre os investidores, decorrente da reabertura das economias, deu lugar ao sentimento de cautela. Os investidores aguardam pelas conclusões da reunião de hoje do Banco Central Europeu, que tem lugar às 12h45, e aguardam por indicados sobre o mercado laboral dos Estados Unidos.

Relativamente ao BCE, os mercados aguardam pelo eventual anúncio de um reforço do programa de compra de ativos no combate aos impactos económicos da pandemia da Covid-19, num valor de 500 mil milhões de euros.

Já sobre os EUA, os investidores esperam mais indicadores negativos sobre o mercado laboral. Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos vai divulgar um relatório que poderá confirmar uma subida histórica de 19,5% da taxa de desemprego durante o mês de maio, o que seria o maior aumento desde 1930.

Ponto positivo na Europa, é o sucesso da chanceler alemã, Angela Merkel, que conseguiu acordar um novo pacote de estímulos para a economia, no valor de 130 mil milhões de euros, um valor acima dos 100 mil milhões de euros projetados. Este orçamento suplementar servirá para “estimular os gastos de curto prazo dos consumidores e fazer com que as empresas voltem a investir”, segundo Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

Na bolsa portuguesa, entre as 18 empresas cotadas do PSI 20 apenas a EDP apresenta ganhos (0,21%). Os títulos do Banco Comercial Português (BCP) caem 1,38%, para 0,114 euros e pressionam o índice bolsista.

O banco liderado por Miguel Maya é o grande destaque do PSI 20, que chegou a abrir a sessão a perder 3%.

Destaque, ainda para a Pharol que na quarta-feira anunciou que iria cessar a negociação na bolsa de Nova Iorque (NYSE), numa estratégia de redução de custos e de consolidação da Euronext Lisbon como mercado de negociação primordial das ações da Pharol.

A Pharol termina a negociação no NYSE no dia 3 de setembro de 2020.

A Corticeira Amorim é outra cotada em foco, depois de ter anunciado que a assembleia geral de acionistas foi marcada para o dia 26 de junho, mantendo a proposta de dividendo de 0,185 euros por ação. Mas, desta vez, a empresa não irá propor atribuição de dividendo extraordinário em dezembro, como tem vindo a suceder desde 2012.

 

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