[weglot_switcher]

Bolsa portuguesa negoceia no vermelho depois dos resultados da NOS, EDP e BCP

Catorze empresas cotadas desvalorizam, três valorizam e uma negoceia sem variação.
21 Fevereiro 2020, 10h34

O principal índice bolsista (PSI 20) perde 0,99%, em linha com as principais congéneres europeias esta sexta-feira, 21 de fevereiro. Catorze empresas cotadas desvalorizam, três valorizam e uma negoceia sem variação.

A NOS que tomba 7,27%, para 4,13 euros, depois de ter reportado um lucro de 143,5 milhões de euros relativo a 2019 e um corte na remuneração aos acionistas, é o grande destaque da sessão.

O setor energético também contribui para o pessimismo vigente no PSI 20: A EDP cai 0,88%, para 4,83 euros, a EDP Renováveis perde 0,46%, para 12,88 euros e a Galp recua 1,82%, para 14,28 euros.

Destaque para a EDP que anunciou na quinta-feira, após o fecho da sessão, ter registado uma queda de 1% nos lucros de 2019, para 512 milhões de euros. “Foi um ano de boa performance e de boa capacidade de entrega dos compromissos que assumimos. Os resultados só foram possíveis pela aposta que fizemos nas renováveis há mais de uma década, e pela internacionalização da companhia. Os resultados em Portugal foram negativos pelo segundo ano consecutivo [98 milhões de euros impactado pela provisão de Sines e do Fridão e pouca chuva em 2019]”, disse o presidente executivo da EDP, António Mexia, em conferência de imprensa.

No setor da banca, o BCP também desliza 0,26%, para 0,19 euros, depois de ter reportado um lucro anual de 302 milhões de euros na quinta-feira, após o fecho da sessão. Um ganho 0,3% acima do registado em 2018. A diminuição das provisões, o aumento do crédito e incremento dos resultados financeiros foram algumas das varáveis que contribuíram para o crescimento em 2019 dos lucros, compensando assim a menor atividade internacional.

Na Polónia, o desempenho do Millennium BCP foi condicionado pelos custos associados à integração do adquirido Euro Bank. Relativamente ao dividendo, a administração do banco referiu que a proposta será “de grande prudência”.

A Altri, os CTT e a Sonae Capital também contribuem para a queda da bolsa portuguesa.

Em sentido contrário, destaque para a retalhista Jerónimo Martins, que avança 0,95% para 17,03 euros. A retalhista da família Soares dos Santos, que opera no mercado nacional, na Polónia e na Colômbia, registou um desempenho positivo, com um crescimento de 7,9%, para um total de 433 milhões de euros, o equivalente a 390 milhões de euros, depois de aplicada a norma contabilística IFRS16.

As vendas consolidadas do grupo cresceram 7,5% em 2019, face ao verificado no ano precedente, para um montante de 18,6 mil milhões de euros. Também o EBITDA do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos esteve em alta no ano passado, com uma subida de 7,9%, para 1.045 milhões de euros.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.