O analista da XTB, Henrique Tomé, revelou que a a bolsa de Lisboa reagiu de forma negativa à demissão de António Costa, que foi apresentada, esta terça-feira, na sequência de uma investigação a negócios de hidrogénio e lítio em Portugal.
“A bolsa, como um todo, acabou por reagir de forma bastante negativa. Quando olhamos para os índices europeus e comparamos o desempenho da bolsa portuguesa com outros índices como o alemão DAX ou o francês CAC 40, no caso do DAX está a ser negociado em terreno positivo e o CAC tem perdas ligeiras, a bolsa portuguesa segue a desvalorizar quase 3%”, referiu o especialista ao Jornal Económico.
Segundo Henrique Tomé “curiosamente as empresas com maiores exposição e projetos com o Governo acabaram por ser as mais penalizadas, numa fase inicial. Tivemos a Mota-Engil a cair 6% e outras empresas como é o caso da Greenvolt e a Galp também a reagirem de forma negativa”
“Por outro lado, o mercado reacionista é que está um pouco parado. Temos as yields a dispararem, ou seja, acaba por medir aqui também um pouco o sentimento à volta da economia portuguesa. Acabou por não ter impacto nas yields“, sublinhou o analista.
Quando questionado sobre o futuro da bolsa de Lisboa e se o sentimento negativo prevalecerá, Henrique Tomé disse que “dependerá muito das novas manchetes à volta desta demissão”
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