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Bolsa sobe com valorizações do BCP, Galp e Mota. Europa fecha mista

Novos lockdowns nas economias europeias põem as principais praças em terreno negativo. O IBEX e o PSI-20 estão entre as exceções que fecharam em alta. A Galp subiu quase 4% impulsionada pela valorização do petróleo nos mercados internacionais.
  • Reuters
23 Novembro 2020, 17h42

O PSI-20 subiu +0,57% para 4.449,39 euros e põe Lisboa entre as praças europeias que mais subiu. A Galp aproveitou o ambiente favorável do setor energético, impulsionado pela subida dos preços do petróleo, e liderou os ganhos no PSI-20, ao subir 3,89% para 9,20 euros.

Também a Mota-Engil se destacou ao subir +3,24% para 1,404 euros e o BCP valorizou +1,71% para 0,1127 euros de pois da ação ter sido revista em alta pela Jefferies. A Semapa ganhou +2,34% para 8,32 euros; a Navigator avança +1,05% para 2,31 euros e a Sonae também se destacou com uma subida de +1,88% para 0,6245 euros.

A liderar as perdas esteve a Ibersol que caiu -2,50% para 4,29 euros, de pois de ter reportado, na sexta-feira, um prejuízo de 36,9 milhões até setembro. Destaque ainda para as perdas da REN de -1,55% para 2,225 euros; a Novabase perdeu -1,83% para 3,210 euros; e os CTT desvalorizou -1,64% para 2,40 euros. A Corticeira Amorim deslizou -0,98% para 10,10 euros.

“Os mercados de ações europeus foram perdendo fulgor ao longo do dia e a maioria acabou por encerrar junto a mínimos da sessão e em território negativo”, revela a análise do Millennium BCP Investment Banking.

O analista Ramiro Loureiro diz que a “revelação de que o agravamento do ritmo de descida da atividade nos serviços da Zona Euro pode levar a região de novo para uma contração económica, conjugada à indicação de que nos EUA tanto a indústria como os serviços conduziram à maior expansão da atividade desde 2015, levou a uma depreciação do Euro face ao Dólar. Isso acabou por mexer com o sentimento dos investidores, que até tinham acordado animados pela demonstração da eficácia da vacina da Astrazeneca na prevenção do Coronavírus, juntando-se às anteriormente anunciadas pela Moderna e pela Pfizer e aumentando as esperanças de que estará para breve a chegada de um antídoto para o vírus”.

No exterior a Danone anunciou um plano de poupanças e corte de custos e esteve entre as que mais caiu no Euro Stoxx 50.

O EuroStoxx 50 caiu 0,13% para 3.463 pontos. O FTSE 100 caiu 0,28% para 6.333,8 pontos; o CAC 40 recuou 0,07% para 5.492,15 pontos; o DAX deslizou 0,08% para 13.127 pontos; o FTSE MIB perdeu 0,02% para 21.701,8 pontos.

Ao contrário o IBEX subiu 0,04% para 7.981,2 pontos. Outras praças, como a Atenas, Oslo, e Viena fecharam no verde.

Em termos de notícia de macroeconomia destaca-se o agravamento da contração nos serviços britânicos que trava a atividade económica.

Mas sobretudo os novos lockdowns das economias que empurram a zona euro para nova contração. “A Zona Euro deverá estar a entrar em nova contração, no meio das restrições impostas para travar a atual vaga da pandemia, com número de infeções recorde”, refere o analista do BCP. O valor preliminar do PMI Composite (Indústria + Serviços) caiu de 50 para 45,1 em novembro, sugerindo uma contração na produção.

A contração nos serviços, o setor mais representativo, arrastou a atividade global, reflexo do encerramento temporário de bares e restaurantes e da perda de negócios no setor de hotelaria. Atividade industrial desacelerou o ritmo de expansão, com a leitura a descer de 54,8 para 53,6 (esperava-se 53,2).

O petróleo Brent está a subir 2,09% para 45,90 dólares.

O euro caiu 0,19% para 1,1834 dólares.

A dívida pública alemã subiu 0,22 pontos base para -0,58%. Já a portuguesa agravou 0,18 pontos base para 0,02% e a espanhola sobe 0,59 pontos base para 0,07%.

 

 

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