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Bolsas registam perdas antes de inflação nos EUA e com juros do BCE à porta

As principais praças europeias registaram perdas na última sessão, exceção feita à Alemanha, sendo que Lisboa seguiu pelo mesmo caminho. Esta quarta-feira, destaque para a inflação nos EUA, à qual se segue a reunião do BCE, na quinta-feira.
bolsa Lisboa mercados
11 Dezembro 2024, 07h00

A bolsa de Lisboa acompanhou o dia negativo que se viveu nas principais bolsas europeias, ao variar entre a valorização da EDP e o recuo da Jerónimo Martins. O dia foi particularmente negativo no setor do luxo, à medida que se acumulam as expetativas sobre a inflação nos EUA em novembro, a par da próxima decisão do BCE em matéria de política monetária.

O índice PSI perdeu 0,19%, para os 6.342 pontos. As perdas foram lideradas pelas ações da Jerónimo Martins, que caíram 0,91% e ficaram-se pelos 18,50 euros. A Navigator recuou 0,81%, para os 3,412 euros, enquanto a Corticeira Amorim derrapou 0,60%, até aos 8,29 euros. Seguiu-se o BCP, ao descapitalizar 0,55%, tendo-se ficado pelos 0,4371 euros.

No ‘verde’, os títulos da EDP subiram 0,93% até aos 3,25 euros, ao passo que a Galp se adiantou 0,72% e alcançou os 16,84 euros.

Entre os mais importantes índices europeus, França perdeu 1,14%, em função de um dia particularmente negativo no setor do luxo. As cotações de mercado da LVMH e Kering caíram mais de 2%, ao passo que a Hermes desvalorizou quase 2%.

Olhando aos restantes índices que sobressaem na Europa, houve descidas de 0,90% no Reino Unido, 0,68% no índice agregado Euro Stoxx 50, assim como 0,40% em Espanha e 0,09% em Itália.

Por outro lado, a Alemanha contrariou o sentimento, ao subir 0,06%. O índice DAX beneficiou da subida próxima de 2% nas ações da Volkswagen, depois de a direção reunir com o sindicato dos trabalhadores alemão, na segunda-feira. Em causa estão os cortes que a empresa quer fazer na operação que tem naquele país e que permitiriam cortar despesas no valor de milhares de milhões de dólares.

Simultaneamente, os mercados reagiram ao dados da inflação na maior economia da zona euro, com uma subida de 2,2% em novembro, a acelerar 0,2 pontos percentuais face ao observado no mês anterior. Por outro lado, em termos mensais houve um decréscimo de 0,2% (subida de 0,4% no mês anterior).

O volume de transações ficou abaixo da média, com os investidores a mostrarem-se na expetativas por mais dados macro. A inflação nos EUA em novembro vai ser conhecida esta quarta-feira e vai marcar o dia, além de ser importante para a Fed decidir no que respeita a um eventual corte das taxas de juro de referência. Recorde-se que a última reunião de 2024 está agendada para o dia 18 de dezembro.

Segue-se, na quinta-feira, a reunião do BCE, na qual é expectável que os responsáveis optem por um corte nos juros. Falta agora saber quão agressiva será a redução, entre os 25 e os 50 pontos base.

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