[weglot_switcher]

Bolsas vivem dia animado com construção e banca em destaque. Seguem-se os juros do BCE

As principais praças europeias registaram o sentimento generalizado muito positivo na quarta-feira, lideradas pela Alemanha, fruto da possibilidade de um acordo de governo. Por cá Mota-Engil e BCP valorizaram 12% e 3%, em linha com os dois setores que mais ganharam lá fora.
6 Março 2025, 07h00

As principais bolsas europeias viveram um dia muito positivo, sobretudo em Frankfurt. Por cá, os ganhos não foram tão expressivos, apesar de se ter registado um disparo nas cotações da Mota-Engil e do BCP. Esta quinta-feira, o destaque vai para a decisão do BCE em matéria de política monetária.

O índice PSI registou um impulso de 0,62%, até aos 6.742 pontos, na sessão de quarta-feira, a beneficiar sobretudo das subidas de 12,14% nas ações da Mota-Engil, para 3,40 euros, assim como no BCP, que protagonizou um salto de 3,33%, até aos 0,533 euros.

O sentimento notoriamente positivo alinha-se com aquele que se registou no exterior, com subidas expressivas nos setores da construção e da banca, entre as mais importantes congéneres europeias.

Seguiram-se ganhos de 1,90% nos CTT e 1,47% na Semapa, para 6,99 e 15,22 euros, respetivamente.

Em sentido contrário, a EDP Renováveis recuou 1,86% até aos 8,18 euros, ao passo que a EDP contraiu 1,63% e ficou-se pelos 3,017 euros. Houve descidas semelhantes registadas na Jerónimo Martins, que perdeu 1,43% para 20,62 euros, assim como da Sonae recuou 1,37%, até aos 1,006 euros.

Alemanha sobe acima das outras grandes praças europeias

No exterior, sobressaiu o impulso de 3,46% no índice DAX, que funciona como referência na bolsa de Frankfurt, na Alemanha.

Em causa está a confiança ganha pelos mercados, fruto do acordo entre a CDU e o SPD, que ficaram em primeiro e terceiro lugares nas eleições alemãs que tiveram lugar a 23 de fevereiro. O acordo deverá gerar um investimento público na ordem de 500 mil milhões de euros, tendo como destinos setores como os transportes, energia, habitação e defesa.

Em consequência, as yields de dívida soberana europeias dispararam, em particular na Alemanha, animando a banca. Prova disto são os incrementos no Deutsche Bank e Commerzbank, dois bancos que saltaram perto de 12% e 11%. A somar a isto, a Heidelberg Materials, que opera no setor da construção e está cotada no DAX, valorizou 17,5% e puxou pelo segmento da construção.

Olhando às restantes praças europeias de maior peso, houve subidas de 2% em Itália, 1,56% em França, 1,43% em Espanha, ao passo que o Reino Unido encerrou o dia em terreno negativo, ao perder 0,15%. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 somou 1,85%.

O setor automóvel também esteve em alta, com a Stellantis a ganhar perto de 4,50%, ao mesmo tempo que outras cotadas de peso também registaram fortes subidas. Na origem estão as palavras do Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, que disse que as tarifas impostas ao Canadá e México, podem ser mais leves do que os 25% anteriormente anunciados por Donald Trump.

Se assim for, as fabricantes automóveis estarão entre as que mais respiram de alívio, já que grande parte da cadeia de produção passa pela indústria canadiana e mexicana.

Decisão sobre os juros do BCE marca quinta-feira

A reunião do Banco Central Europeu de março termina esta quinta-feira e os olhares vão estar muito centrados naquela que será a decisão da instituição no que que diz respeito à política monetária, a par do discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.

Nos EUA, vai ser divulgada a balança comercial referente a janeiro. Os dados ganham importância no contexto internacional, em função das tarifas que Trump já aplicou e outras que promete aplicar sobre as importações norte-americanas.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.