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Bolsonaro nomeia André de Almeida Mendonça para ministro da Justiça

A nomeação de Mendonça foi publicada no “Diário Oficial da União”, assim como a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo dos filhos do presidente, para o comando da Polícia Federal do Brasil.
28 Abril 2020, 11h58

O presidente Jair Bolsonaro nomeou, esta terça-feira, o advogado André de Almeida Mendonça para o comando do Ministério da Justiça, depois do ex-juiz federal Sergio Moro ter renunciado o cargo na semana passada. Sergio Moro anunciou, na passada sexta-feira, a sua demissão,depois do Presidente Jair Bolsonaro ter exonerado o diretor-geral da Polícia Federal. Moro já tinha ameaçado sair do Governo caso Maurício Valeixo fosse afastado do cargo.

De acordo com a “Folha de S. Paulo”, a nomeação de Mendonça foi publicada no “Diário Oficial da União”, assim como a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, amigo dos filhos do presidente, para o comando da Polícia Federal.

O novo ministro da Justiça, que também é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, integra a AGU (Advocacia Geral da União ) desde 2000 depois de ter terminado a sua atividade como advogado da Petrobras no mesmo ano.

Já o novo diretor-geral da Polícia Federal foi diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e considerado como um homem de confiança do presidente e dos seus filhos. Delegado de carreira da Polícia Federal, Ramagem ficou próximo da família Bolsonaro durante a campanha de 2018, quando comandou a segurança do então candidato a presidente.

Demissão de Sérgio Moro

Moro declarou que o Presidente lhe disse pessoalmente que queria trocar o chefe geral da Polícia Federal porque estava preocupado com investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), que podem evolver os seus filhos ou aliados políticos, e afirmou que o chefe de Estado queria ter acesso a relatórios sigilosos sobre investigações.

O procurador-geral da República brasileiro, Augusto Aras, pediu na sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar as acusações. O pedido entregue ao STF aponta a eventual ocorrência dos crimes de “falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denúncia caluniosa e crime contra a honra”.

 

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