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BPCE lidera corrida ao Novobanco, diz Bloomberg

O BPCE ultrapassou o seu principal rival na licitação, o espanhol CaixaBank, e está a tentar fechar os termos de um acordo, disseram as mesmas fontes à Bloomberg.
11 Junho 2025, 14h10

O grupo bancário francês BPCE, dono do Natixis, surge como o principal candidato para adquirir o banco português Novobanco à Lone Star Funds, avança a Bloomberg que cita fontes com conhecimento do assunto.

O BPCE ultrapassou o seu principal rival na licitação, o espanhol CaixaBank, e está a tentar fechar os termos de um acordo, disseram as mesmas fontes.

A solução de venda ao grupo francês BPCE, dono do Natixis, é aquela que parece reunir menos obstáculos. O grupo em Portugal tem uma presença residual (tem o Banco Primus e uma sucursal do Natixis), pelo que não dispara alarmes de Concorrência. Depois seria o regresso da presença da banca francesa na banca de retalho em Portugal, e a probabilidade de manter o Novobanco como banco autónomo seria maior.

A Bloomberg diz ainda que a Lone Star está a considerar uma possível entrada em bolsa do Novobanco e que ainda não decidiu qual o caminho a tomar, sendo possível uma decisão nos próximos dias.

A empresa de private equity norte-americana Lone Star detém 75% das ações do Novobanco, enquanto o governo português detém 25% através de entidades como o Fundo de Resolução nacional e a Direção Geral do Tesouro e Finanças.

A JB Capital disse num relatório em março que estimava que o Novobanco poderia ser avaliado entre 5,5 mil milhões de euros e 7 mil milhões de euros.

o Governo  vai recusar estatuto especial para exceder quotas de rescisões. O Governo liderado por Luís Montenegro enviou uma mensagem ao ministro da Economia, Comércio e Empresas de Espanha, Carlos Cuerpo, e ao CEO  do banco espanhol para expressar desconforto com uma possível aquisição por parte do dono do BPI e alertou que vai usar essa arma na questão do esperado processo de rescisões, fruto da fusão.

Uma fusão do Novobanco e do BPI teria como resultado uma sobreposição de agências e de funções de backoffice. O que significa que o projeto de fusão tem de incluir um processo de rescisões por mútuo acordo e para isso o Estado tem de autorizar.

O que está aqui em causa é o pagamento de subsídios de desemprego a trabalhadores que rescindem por mútuo acordo. Normalmente, quando as empresas superam a quota legal, os trabalhadores que saem não têm direito ao subsídio de desemprego. A não ser que o Estado conceda uma autorização.

Normalmente as empresas recorrem ao estatuto de empresa em reestruturação, já que permite às empresas negociarem mais saídas além da respetiva quota legal (consoante a sua dimensão). Mas o Governo não pretende conceder esse estatuto à fusão Novobanco/BPI, o que na prática implica ao CaixaBank pagar mais 300 milhões de euros, segundo noticiou o DN.

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