O BPI lançou esta sexta-feira o D-verse, um mercado de colecionáveis digitais assente em tecnologia de blockchain, “dando os primeiros passos na gestão e custódia da propriedade digital”.
O BPI torna-se assim o primeiro banco português a apostar numa oferta de NFT (non-fungible token), exclusiva para clientes.
No D-Verse, os clientes do BPI têm acesso a um mercado primário onde os colecionáveis são leiloados diretamente pelos artistas, e também a um mercado secundário, onde poderão comprar e vender colecionáveis a outros utilizadores da plataforma. O D-verse distingue-se pela sua simplicidade de adesão e uso, e pela familiaridade com a experiência de transação digital.
Francisco Barbeira, Administrador do BPI, explica que “esta é mais uma clara aposta do BPI na inovação”.
“A marca D-verse foi pensada com o intuito do ‘D’ absorver várias dimensões que refletem a natureza da marca como o Digital, Democratização e Diversidade. Pretende representar a atitude de dinâmica, liderança e inovação do Banco, apoiando os seus Clientes nesta jornada de transição digital em territórios estratégicos como a arte, o desporto ou outros domínios que iremos explorar”. acrescenta.
O D-verse foi desenvolvido em parceria com a Celfocus, uma empresa que tem experiência no desenvolvimento de projetos em blockchain para vários setores de atividade e que tem como objetivo ajudar os seus clientes na criação de soluções disruptivas para o seu negócio com base nesta tecnologia.
Daniel Moura, Diretor de Business Development da Celfocus, explica em comunicado que apostam em blockchain há uns anos, e constam no portfolio projetos de sustentabilidade, monetização de dados, eficiência de processos, e agora, tokenização de ativos. “O D-Verse representa uma nova oportunidade de negócio para o BPI na participação em mercados de ativos tokenizados, e com isso diversificar as fontes de receita do Banco”, defende.
“A estreia do D-Verse é celebrada com o lançamento de uma primeira coleção de arte digital da autoria do artista Julien Raffin e com curadoria da Ephemeral Ethernal, projeto de Web3 fundado pelo artista português Alexandre Farto.”, revela o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa.
O banco diz que a coleção “Shifting Horizons” comenta sobre a “voracidade do ser humano em alcançar a ideologia do progresso a qualquer custo. As colagens, criadas fisicamente e depois digitalizadas e animadas, trazem micronarrativas e macronarrativas sobre as transformações da paisagem na região da Costa Atlântica. Esta coleção conta com 20 NFTs que já estão disponíveis para compra em leilão no D-Verse”.
“Esta iniciativa do BPI contribui significativamente para a democratização do acesso à arte digital e representa um passo importante para a Ephemeral Ethernal na sua missão de explorar novos horizontes na era digital”, defende Eduardo Quinteiro Lopes, Head da Ephemeral Ethernal.
Afonso Eça, diretor executivo responsável pela área de inovação, refere na nota que “enquanto intermediário financeiro que quer manter-se relevante para os clientes na economia digital (Web3), o BPI tem vindo a estar presente nestas plataformas para entender como nos vamos posicionar no futuro no que diz respeito ao aparecimento de fenómenos como o Metaverso/Web 3.0 e ativos digitais”.
“O primeiro passo foi o lançamento do primeiro balcão virtual, o BPI VR, e agora o D-verse, um marketplace de colecionáveis digitais assente em tecnologia de blockchain, que nos permite explorar novas ferramentas que podem vir a ter inúmeras utilidades para o Banco do Futuro. As transações dos colecionáveis digitais serão registadas na blockchain, o que vai garantir a veracidade da informação e a rastreabilidade dos dados” conclui Afonso Eça.
O D-verse é mais um dos produtos disruptivos lançados pelo Centro de Excelência para a Inovação e Novos Negócios do BPI, criado em 2022. O Centro tem como missão apoiar o desenho de uma visão de futuro do BPI, identificando tendências relevantes no sector financeiro e novas oportunidades de geração de valor para Clientes e para o acionista, o Grupo CaixaBank.
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