O braço de ferro entre a autarquia lisboeta e o partido de André Ventura tem um novo capítulo, já que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) voltou a retirar, na passada sexta-feira, o outdoor do Chega Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa.
A autarquia liderada por Carlos Moedas confirmou à agência Lusa que o cartaz foi retirado depois de o município ter notificado, na quinta-feira, o partido Chega para retirar o cartaz no “prazo de 24 horas”.
Alega ainda a CML que, antes disso, o partido já tinha sido notificado para retirar o outdoor e teve 10 dias para se pronunciar. O Chega exerceu esse direito, mas alega a câmara que não apresentou “quaisquer factos novos, pelo que as alegações aduzidas em nada alteram o sentido da decisão da Câmara Municipal de Lisboa”, lê-se na decisão final a que a Lusa teve acesso.
Recorde-se que, a 12 de Outubro, o Chega voltou a colocar um cartaz na Praça do Marquês de Pombal, cerca de duas semanas depois de autarquia ter removido todos os cartazes daquela que é a rotunda mais emblemática da capital. Baseou-se, para tal, num “parecer da CNE que retira a legitimidade à Câmara Municipal de Lisboa para mandar retirar outdoors.”
Quem não gostou foi o presidente da câmara de Lisboa, que, nas redes sociais, classificou a atitude “inaceitável” e garantiu que o executivo camarário ia insistir na retirada do cartaz.
O Chega já tinha ameaçado fazer uma queixa crime e admitiu, recentemente, ao NOVO, recorrer ao Tribunal Administrativo, a entidade competente neste caso, já que a CNE, por não estarmos em período eleitoral, não tem autoridade.
“Se algum partido pretender impugnar a decisão da CML, terá de o fazer perante o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa”, esclareceu, na altura, ao semanário o constitucionalista Miguel Prata Roque.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com