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Brasil: Ataque à sede do Porta dos Fundos já foi reivindicado por grupo nacionalista

O Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira divulgou um vídeo nas redes sociais no qual assume o atentado contra o edifício do canal da produtora, bem como imagens do ataque.
Gregório Duvivier
26 Dezembro 2019, 11h16

O ataque à sede do grupo humorista brasileiro Porta dos Fundos já foi reivindicado por um grupo extremista. A polícia do Rio de Janeiro recebeu um vídeo no qual um grupo de 25 pessoas assume ser o autor do ataque à sede da produtora do canal da Porta dos Fundos, na madrugada do dia 24 de dezembro.

As imagens foram partilhadas no ‘Youtube’ e já se encontram a ser investigadas pelas autoridades, conta o jornal Estado de São Paulo, esta quinta-feira, 26 de dezembro.

Neste vídeo, os elementos do autodenominado Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira surgem de cara tapada, lendo um manifesto e exibindo ainda as imagens do ataque ao edíficio, com o lançamento de cocktails molotov. O ataque acabou por não fazer feridos e o fogo foi extinto por um funcionário do prédio.

Na sua página da rede social Facebook, a Porta dos Fundos condenou este ataque e acrescentou que “seguiremos em frente, mais unidos, mais fortes, mais inspirados e confiantes que o país sobreviverá a essa tormenta de ódio e o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão”.

Na base de toda esta polémica encontra-se o facto do canal de humor brasileiro ter lançado na plataforma de streaming Netflix, um filme intitulado “Natal, A Primeira Tentação de Cristo”, onde um Cristo homossexual é interpretado por Gregório Duvivier (na foto), com um namorado, interpretado por Fábio Porchat.

Mesmo se tratando de uma comédia, o filme já levou a que fosse criada uma petição para que a sua exibição seja retirada da Netflix.

https://www.youtube.com/watch?v=8VpIeBUyhaI

 

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