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Brasil: atividade económica cresce 1,31% depois de dois meses de queda

O Índice de Atividade Económica (IBC-Br), indicador mensal usado para sinalizar o desemprenho do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do ano, apresentou uma melhoria da economia brasileira em maio após a queda de 9,45% em abril, a maior retração registada em um mês desde que esse indicador começou a ser medido, há 17 anos.
14 Julho 2020, 17h18

A atividade económica do Brasil cresceu 1,31% em maio face ao mês de abril, recuperando uma pequena parte das perdas somadas nos últimos meses por causa da pandemia de covid-19, informou hoje o Banco Central do país.

O Índice de Atividade Económica (IBC-Br), indicador mensal usado para sinalizar o desemprenho do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do ano, apresentou uma melhoria da economia brasileira em maio após a queda de 9,45% em abril, a maior retração registada em um mês desde que esse indicador começou a ser medido, há 17 anos.

A atividade económica do Brasil já havia sofrido uma queda de 6,16% em março face ao mês de fevereiro, sem refletir totalmente os efeitos das medidas de isolamento social adotadas por governos regionais e municipais para impedir o avanço da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Segundo o Banco Central brasileiro, a atividade económica do país acumulou uma queda de 10,22% entre março e maio na comparação com o mesmo período de 2019. Já nos cinco primeiros meses de 2020 houve uma retração de 6,08% do IBC-Br.

Os dados divulgados reforçam as projeções de que o Brasil sofrerá a sua maior recessão em décadas este ano devido à crise do novo coronavírus.

Economistas de mercado estimam que a queda do PIB brasileiro em 2020 será de 6,10%, mas outras projeções, como a do Fundo Monetário Internacional (FMI), são ainda mais pessimistas e preveem uma retração de 9%.

Essa contração ocorrerá quando o Brasil ainda recuperava lentamente da recessão histórica registada entre 2015 e 2016, quando o PIB do país caiu quase sete pontos.

Antes da pandemia atingir a maior economia da América do Sul, o Governo brasileiro e os economistas estimaram um crescimento do PIB de 2,5% em 2020.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 1,88 milhões de casos e 72.833 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 573 mil mortos e infetou mais de 13,12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

 

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