Um engano. É assim que o órgão responsável pela imigração no Reino Unido se justifica, depois de ter ameaçado de deportação uma centena de cidadãos da União Europeia, que vivem no Reino Unido. Este organismo foi obrigado a admitir que enviou cerca de 100 cartas a cidadãos estrangeiros, de forma errónea, depois de alguns desses documentos terem sido tornados públicos.
Uma professora finlandesa, Eva Johanna Holmberg, falou sobre a carta nas redes sociais, acreditando que teria mesmo que abandonar o Reino Unido “no prazo de um mês”. A cidadã finlandesa que viveu nos últimos 10 anos com o marido, britânico, no Reino Unido, confessou ao The Guardian a consternação que sentiu ao receber uma dessas cartas, com o aviso de que, se não abandonasse o país de livre vontade, o Ministério do Interior do Reino Unido daria “instruções para a sua deportação”. Pode ler-se, ainda, que a cidadã era agora “passível de detenção, de acordo com a Lei da Imigração”.
Entretanto, o órgão responsável pela imigração no Reino Unido já veio dizer que estas cartas foram enviadas por engano. “Um número limitado de cartas foi emitido por engano e estamos a investigar com a maior urgência o que é que se passou”, disse o porta-voz do organismo ao The Guardian. Os responsáveis estão agora a entrar em contacto com todas as pessoas que receberam a carta, a esclarecer que podem ignorá-la. E, garante o Home Office “estamos absolutamente certos de que os direitos dos cidadãos da União Europeia que vivem no Reino Unido permanecem inalterados”.
Depois do susto, estes 100 cidadãos podem finalmente respirar de alívio. A situação parece estar resolvida, embora esteja longe de estar clarificada.
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