O presidente francês recebeu o primeiro-ministro do Reino Unido esta quinta-feira, no Palácio do Eliseu, em Paris, para um almoço de trabalho que antecede um novo encontro já amanhã na cimeira do G7 e explicou a Boris Johnson que a clausula de salvaguarda, ou ‘backstop’, é para manter.
“No próximo mês, não vamos tentar encontrar um novo acordo de saída longe do essencial. Se há coisas no quadro em que Michel Barnier negociou que podem ser ajustadas e que estão em conformidade com dois objetivos que citei – estabilidade na Irlanda e a integridade do mercado único – temos de as encontrar no próximo mês”, disse Macron, citado pelas agências internacionais.
Caso contrário, precisou o presidente francês, “isso significa que o problema é mais fundo, que é mais político, que é um problema político britânico, e, nessa altura, não é a negociação que o pode resolver. É uma escolha política que o primeiro-ministro terá de tomar. Não nos cabe a nós fazê-lo”.
Por seu turno, Boris Johnson garantiu que “sob nenhuma circunstância o governo do Reino Unido irá instituir, impor, fiscalizações ou controlos de qualquer tipo nessa fronteira. Pensamos – e compreendo o seu desejo de proteger a integridade do mercado único, evidentemente que compreendemos isso – mas pensamos que existem formas de proteger a integridade do mercado único e de permitir que o Reino Unido saia da União Europeia, no seu todo e de forma completa e perfeita”.
O primeiro-ministro britânico acredita que é possível, nos próximos 30 dias, encontrar soluções positivas para evitar a saída desordenada do Reino Unido da União Europeia. No entanto, mostrou-se irredutível e afirmou que o Brexit vai acontecer impreterivelmente no dia 31 de outubro, com ou em acordo.
Ou seja, os dois lados do canal da Mancha continuam a fazer desaparecer todos os parcos pontos em que convergiam, para aprofundar cada vez mais o que os separa. Este primeiro encontro de Johnson com o responsável por uma das maiores economias da União deixa antever que as posições estão firmadas e que não haverá mais nada a negociar.
De qualquer modo, o tema do Brexit estará por certo novamente em cima da mesa da cimeira dos sete países mais ricos do mundo, que começa amanhã em Biarritz, França, e que terminará no próximo domingo.
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