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Brexit: Macron acha uma nova extensão prematura mas Merkel concorda com adiamento

Theresa May voltou a pedir um adiamento do Brexit, mas desta vez para 30 de junho, já depois das eleições europeias. A Alemanha de Angela Merkel concorda, mas o Governo francês liderado por Emmanuel Macron não concorda.
  • Reuters
5 Abril 2019, 11h26

Theresa May pediu um novo adiamento do Brexit. Depois de o Parlamento europeu permitir que o Reino Unido adiasse a saída da União Europeia para, no máximo, 22 de maio, a primeira-ministra britânica voltou a pedir uma extensão do prazo.

“O Reino Unido procura uma nova extensão e propõe que este período termine a 30 de junho de 2019. Se as partes conseguirem ratificar antes desta data, o Governo propõe que o período termine mais cedo”, dizia na carta partilhada pelo jornal ‘The Guardian’ esta sexta-feira, 5 de abril.

No entanto, as duas grandes potências europeias já reagiram ao pedido de extensão, e as decisões não são consensuais entre França e Alemanha.

França considera que é prematuro falar numa nova extensão para as negociações do Brexit, garantiu uma fonte próxima do presidente francês Emmanuel Macron à agência Reuters. “É prematuro falar de uma extensão apesar do facto de os 27 terem definido uma pré-condição: a necessidade de existir um plano alternativo, confiável, que justifique esse pedido. E nós ainda não estamos lá”, esclareceu a fonte.

“Os rumores sobre esta extensão são como testes “disparatados”. As diferentes opções do Brexit vão ser discutidas a 10 de abril, e ainda não foi nada decidido”.

Já a Alemanha concorda com o pedido realizado por Theresa May. Um político alemão afirmou que a União Europeia deve aceder ao adiamento do Brexit, caso isso evite uma saída caótica.

“Se o Reino Unido pediu uma extensão para evitar o caos, que traz riscos incalculáveis para milhões de trabalhos, nós devemos concordar”, afirmou Armin Laschet, primeiro-ministro do maior Estado regional da Alemanha. Laschet garantiu ainda que “quanto mais tempo melhor. Isso significa que os britânicos também vão fazer parte das eleições europeias”.

Uma fonte oficial da União Europeia disse que é provável que Donald Tusk ofereça uma extensão flexível, que deverá adiar o Brexit por um ano, embora sempre com a possibilidade de sair mais cedo que o fim do prazo definido.

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