Os analistas do Société Générale atualizaram os seus pontos de vista sobre as negociações da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), e apontam como cenário mais provável um Brexit sem acordo, segundo revela o jornal “Expansión” esta segunda-feira.
Brian Hilliard, economista do banco francês em Londres, vê na chegada de Boris Johnson a Downing Street para substituir Theresa May, como um aumentar das probabilidades de uma saída “caótica” da UE com uma percentagem de 43%.
Em relação aos outros cenários, a entidade bancária dá 37% para um Brexit com acordo, e 20% para uma inversão total de todo o processo, com o Reino Unido a permanecer na União Europeia. Um cenário que pode acontecer caso o Parlamento trave as intenções de Boris Johnson e force um novo referendo, ou se uma coligação dos deputados trabalhistas e liberais chegarem ao poder com o lançamento de um outro referendo.
Os analistas acreditam que Jeremy Hunt, ministro dos Negócios Estrangeiros e que é a favor de um Brexit com acordo, tem poucas hipóteses de vencer Boris Johnson nas eleições internas do Partido Conservador para a substituição de Theresa May. “A posição do primeiro-ministro parece garantida para Boris Johnson, desde que este evite escândalos nas próximas semanas”, refere Brian Hilliard.
Em outras empresas as previsões são menos pessimistas. O JPMorgan concede 25% de probabilidades de um Brexit sem acordo. Segundo Constantine Fraser, da TS Lombard, “um Brexit sem acordo ainda é muito improvável”.
Na opinião deste analista o cenário mais provavél é de que haverá uma eleição ou referendo no inverno para romper o bloqueio existente se não houver acordo para deixar a União Europeia a 31 de outubro.
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