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Bruxelas dá luz verde à Lufthansa para compra da italiana ITA

Lufthansa vai ter de abdicar de algumas rotas de curta e longa distância e ceder slots no aeroporto de Milão, para uma concorrência saudável.
3 Julho 2024, 13h35

A alemã Lufthansa obteve aprovação de Bruxelas para comprar 41% da companhia aérea ITA Airways. A companhia alemã vai adquirir a italiana por 325 milhões de euros, mas teve de fazer cedências a nível das rotas e slots.

A compra da ITA pela Lufthansa está a ser classificada como uma das maiores transações do sector da aviação na Europa, especialmente por ir aumentar a presença da Lufthansa no mercado sul europeu durante a época alta.

Importa lembrar que a ITA Airways estava totalmente nas mãos do governo italiano, indo agora alienar parte da companhia aérea ao grupo alemão.

“A aprovação está condicionada ao cumprimento integral das medidas corretivas propostas pela Lufthansa e pelo Ministério da Economia e das Finanças”, assentando no acesso das companhias concorrentes às rotas de curta e longa distância através de acordos e cedência de slots no aeroporto de Milão Linate.

No início do ano, a Comissão Europeia temeu que o negócio entre as duas companhias aéreas restringisse a concorrência em algumas rotas, nomeadamente de curto e longo curso, o que poderia levar a um incremento do preço ou diminuição da qualidade dos serviços. Assim, e perante estes receios, a Lufthansa concordou em ceder rotas para um ou dois rivais, estando agora em negociações com a easyJet e a Volotea.

A ITA Airways foi criada em 2020, sucedendo à Alitalia, que encerrou após 70 anos de atividade e várias tentativas (falhadas) de tornar a empresa lucrativa.

Com a compra da ITA por parte da Lufthansa, não se sabe se o grupo alemão mantém o interesse na companhia portuguesa TAP. Isto numa altura em que o Governo deve relançar o processo de privatização a partir de setembro.

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