Bruxelas mantém a estimativa de crescimento para Portugal para este ano. A economia portuguesa deverá assim crescer 1,7% em 2019, segundo a previsão da Comissão Europeia, mantendo a estimativa face à previsão da primavera, divulgada em maio.
“O crescimento do PIB está estimado em 1,7% em 2019 e em 2020”, segundo as projeções de verão divulgada esta quarta-feira, 10 de julho. As previsões de Bruxelas colocam, assim, a economia nacional a crescer abaixo da meta de 1,9% prevista pelo Governo no Programa de Estabilidade.
Mas a Comissão Europeia alerta para os riscos que pairam sobre o desempenho da economia nacional: “Os riscos para a previsão permanecem no negativo, refletindo o aumento recente da volatilidade da produção industrial e da balança comercial do país”.
“Prevê-se que o crescimento do PIB diminua marginalmente ao longo do horizonte da previsão (2019 e 2020), reflectindo principalmente um ambiente externo menos favorável”, segundo o documento.
“O crescimento do consumo privado também está prestes a enfraquecer, enquanto está previsto que o investimento venha a acelerar, mantido pelo ciclo de absorção de fundos da União Europeia”, argumenta Bruxelas.
Analisando o crescimento de 1,8% no primeiro trimestre, a Comissão Europeia aponta que um “forte crescimento da procura interna mais do que compensou as fracas exportações. O crescimento do consumo privado abrandou ligeiramente, mas o investimento recuperou fortemente, sustentando em todas as suas principais componentes. Ao mesmo tempo, isto puxou as importações e contribuiu para uma contribuição mais negativa das exportações”.
“O indicador do sentimento económico da Comissão (ESI) recuperou algures para o fim do segundo trimestre de 2019, mas permaneceu abaixo do nível registado há um ano. Os dados disponíveis sugerem que o serviço dos setores, principalmente o turismo, continua a sustentar o crescimento enquanto a performance industrial está a sofrer de baixa procura externa”, segundo a previsão de verão.
Por sua vez, a inflação “permanece significativamente abaixo da média da União Europeia”, abrandando para 0,7% em junho. A inflação está a ser atenuada pelos preços mais baixos do petróleo e também pelas “restrições regulatórias” nos preços da energia e do transporte público. O crescimento dos salários é “superior à inflação”, mas o seu impacto está a ser parcialmente compensado pela “recente desaceleração do crescimento do emprego”. Bruxelas espera uma inflação anual de 0,9% em 2019 e de 1,5% em 2020.
Já os preços da casas “continuam a crescer a um elevado, acima de 9% no primeiro trimestre de 2019. A Comissão espera que o aumento gradual da oferta imobiliária venha a contribuir para “alguma moderação nos preços das casas, mas o ritmo do ajustamento deverá permanecer lento”.
Bruxelas continua a ver economia portuguesa a crescer 1,7% este ano
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