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Bruxelas quer novas taxas para produtos da Shein e Temu

Além da Shein e da Temu, também o AliExpress estará entre as plataformas visadas. O “Financial Times” aponta que estas plataformas têm aproveitado a isenção aplicada por Bruxelas neste tipo de comércio eletrónico, sendo que ainda beneficiam de custos de envio subsidiados.
3 Julho 2024, 10h46

A Comissão Europeia está a preparar-se para mudanças no comércio eletrónico, nomeadamente naqueles de produtos de baixo custo. Assim, Bruxelas quer impor tarifas alfandegárias sobre os produtos de retalhistas digitais chineses, nomeadamente a Shein e a Temu.

Conta o “Financial Times” esta manhã que Bruxelas quer conter o aumento desenfreado de exportações provenientes da China, que o bloco europeu considera serem de qualidade inferior. Segundo fontes citadas pela publicação, a Comissão Europeia vai sugerir eliminar o atual limite de 150 euros que os produtos podem ser importados sem taxas.

Além da Shein e da Temu, também o AliExpress estará entre as plataformas visadas. O “Financial Times” aponta que estas plataformas têm aproveitado a isenção aplicada por Bruxelas neste tipo de comércio eletrónico, sendo que ainda beneficiam de custos de envio subsidiados, o que torna rentável o envio de produtos baratos.

De acordo com dados citados pelo jornal britânico, chegaram 2,3 biliões de produtos que beneficiaram da isenção de imposto à União Europeia no ano passado. Dados da Comissão mostram que as importações deste tipo de comércio digital tem duplicado anualmente.

Esta não é a primeira vez que Bruxelas fala em impor taxas alfandegárias a produtos provenientes da China. Nas últimas semanas, Bruxelas propôs impor tarifas extraordinárias à importação de automóveis elétricos chineses, uma medida que vai avançar este mês.

Assim, a Comissão Europeia está a finalizar o plano para acrescentar um imposto adicional até 25% à já existente taxa de 10% sobre as importações dos elétricos chineses. Este agravamento, caso avance na medida proposta, representa um forte golpe para as fabricantes chinesas, que têm ganho posição na Europa. No entanto, vários economistas já alertaram para os riscos que uma guerra comercial entre UE e China representa para o bloco e para o seu crescimento económico.

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