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Buffett está em forma. Berkshire Hathaway vence em Wall Street

A Berkshire Hathaway de Warren Buffett tem vindo a melhorar o seu desempenho em Wall Street ano após ano.
Warren Buffett
FILE PHOTO: Berkshire Hathaway Chairman Warren Buffett walks through the exhibit hall as shareholders gather to hear from the billionaire investor at Berkshire Hathaway Inc’s annual shareholder meeting in Omaha, Nebraska, U.S., May 4, 2019. REUTERS/Scott Morgan/File Photo
3 Janeiro 2025, 18h16

O famoso Oráculo de Omaha, Warren Buffett, só tem motivos para sorrir. Aos 94 anos de idade, o seu conglomerado de empresas Berkshire Hathaway voltou a ganhar terreno em Wall Street, pelo nono ano consecutivo, apresentando retornos superiores ao índice S&P 500 na totalidade do ano de 2024.

Buffett, magnata dos investimentos, viu a Berkshire Hathaway alcançar o seu melhor ano desde 2021, com as ações do conglomerado a subir 25,5% no ano passado, ultrapassando o retorno de 23,3% do índice.

Assim, e de acordo com contas feitas pelos analistas norte-americanos, a empresa criada por Buffett viu as suas ações superarem ganhos de 700 mil dólares durante o ano, registando então o nono ano consecutivo com valores positivos.

Este ano, o conglomerado apoiou-se nos seus lucros operacionais, que foram apoiados por fortes receitas de investimentos e lucros da seguradora Geico. Isto poque Warren Buffet decidiu suspender o programa de recompra de ações num momento em que os títulos estavam a ficar a preços elevados.

Foram os juros e as receitas de investimento que empurraram a empresa para apresentar contas na ordem dos oito mil milhões de dólares nos primeiros três trimestres do ano, duplicando os valores contabilizados no período homólogo. Também o aumento das taxas de juro permitiu com que o conglomerado obtivesse um retorno mais competitivo.

Mas o dinheiro gerado por Buffett chega das suas maiores participações bolsistas: Apple e Bank of America, tendo tomado a decisão de vender estes ativos, algo que surpreendeu o mercado, e amealhou mais dinheiro em caixa.

De facto, uma das maiores surpresas deste ano foi Buffett ter passado a maior parte do ano a vender ações, desfazendo-se de 133 mil milhões de dólares em títulos entre janeiro e setembro de 2024. Mas isso não quer dizer que tenha ficado a perder, como se notou.

Isto porque a joia da coroa passou a ser a Geico, até porque manteve a recuperação neste ano que terminou. A seguradora registou lucros por subscrição de 5,7 mil milhões de dólares nos três primeiros trimestres, mais do que duplicando os 2,3 mil milhões do período homólogo. Isto porque a Geico tinha perdido terreno em 2022 para a sua principal concorrente.

E o Oráculo de Omaha já tinha feito esta previsão em 2023, tendo saído perfeitamente alinhada com a sua expectativa. Buffett tinha referido, na carta anual de 2023, que a Berkshire ia apresentar resultados “ligeiramente melhores” que a média da América corporativa.

Desde que Buffett assumiu o controlo total da empresa, algures nos anos de 1960, a Berskshire Hathaway soma 40 indústrias e 60 empresas, tendo duplicado a rentabilidade média anual do S&P 500 desde então.

Este é ‘só’ mais um prémio que o conglomerado criado por Warren Buffett atingiu em 2024, depois de, em fins de agosto, se ter tornado a primeira empresa não tecnológica a atingir uma capitalização bolsista de um bilião de dólares.

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