[weglot_switcher]

Bundesbank sofre perdas de 19,2 mil milhões em 2024, as primeiras desde 1979

O Bundesbank disse, esta terça-feira, que estas perdas são o resultado da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), o que o levou a ter mais despesas com juros do que receitas de juros.
Alemanha
People ride bikes on a road in front of Brandenburg Gate, on an autumn day, in central Berlin, Germany, November 14, 2022. REUTERS/Lisi Niesner
25 Fevereiro 2025, 12h19

O Bundesbank, banco central da Alemanha, sofreu perdas de 19,2 mil milhões de euros em 2024, as primeiras desde 1979, as maiores da sua história e oito vezes mais do que em 2023, quando conseguiu cobrir os números ‘vermelhos’ com provisões.

O Bundesbank disse, esta terça-feira, que estas perdas são o resultado da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), o que o levou a ter mais despesas com juros do que receitas de juros.

No ano passado, o BCE também registou um prejuízo, de 7,9 mil milhões de euros, pela mesma razão.

O presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, acrescentou, quando o balanço foi apresentado, que o Bundesbank tem força financeira suficiente para suportar as perdas, que espera que sejam reduzidas no próximo ano, porque “o pico das perdas anuais já foi ultrapassado”.

Além disso, o Bundesbank alertou, na apresentação do balanço, para o facto de a economia alemã estar a sofrer de uma “estagnação obstinada, enquanto outras economias estão a crescer”.

Nagel mencionou os “problemas estruturais” da economia alemã, tais como “os elevados preços da energia, a transformação ecológica e as alterações demográficas”.

Além disso, acrescentou Nagel, muitas empresas queixam-se da carga fiscal e da burocracia muito elevadas.

O presidente do Bundesbank apelou aos partidos políticos alemães para que assumam a responsabilidade após as eleições gerais de domingo, ganhas pelo bloco conservador.

“Com uma política económica inteligente, coerente e fiável, é possível criar um espírito de otimismo e aumentar a vontade de investir”, afirmou Nagel.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.