[weglot_switcher]

‘Business as usual’ regressa a Wall Street

Para já, os investidores estão de novo concentrados em colocar o capital na mesa do risco.
12 Fevereiro 2020, 16h21

Os índices norte-americanos abriram hoje com os Touros claramente no domínio das operações, de novo, e após uma sessão de terça-feira em que o registo final é enganador, uma vez que foi apenas uma notícia que descarrilou o optimismo sobre possíveis novas investigações de “antitrust” às grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, Google, Apple, Amazon e Facebook, por parte da Federal Trade Commission, que irá analisar várias dezenas de aquisições efectuadas no passado por estes gigantes que hoje detém uma capitalização bolsista na ordem dos $5 triliões. Mas isso foi ontem e será tema para ficar em banho-maria nos próximos tempos, ou seja sem impacto imediato no mercado.

Para já os investidores estão de novo concentrados em colocar o capital na mesa do risco, uma vez que o prémio de risco que estava associado às consequências da epidemia de coronavírus se reduziram acentuadamente nas últimas 48 horas, pois não obstante o número de vitimas mortais ter subido para mais de 1.100, a diminuição do ritmo de contagio e de fatalidades trouxe algum conforto ao mercado sobre a capacidade dos vários países afectados conseguirem lidar com a situação, nomeadamente a China, onde o Presidente Xi Jinping prometeu que a segunda maior economia do mundo irá atingir os seus objectivos de crescimento económico ao mesmo tempo que irá combater a epidemia.

De Washington a retórica também foi de conforto, com o Presidente da FED, Jerome Powell a indicar no seu testemunho bi-anual ao Congresso dos EUA que o banco central está confiante na robustez da economia norte-americana, mas atento aos desenvolvimentos na crise de saúde mundial, deixando antever a possibilidade de um regresso a uma mentalidade mais dovish, caso os dados económicos assim o aconselhem, exactamente o que o mercado queria ouvir.

O gráfico de hoje é da Burberry, o time-frame é diário.

 

 

Os títulos da empresa de artigos de luxo têm sido dos que mais pressão negativa têm sentido derivado da epidemia do coronavírus, dada a importância que a China tem para as vendas de artigos de luxo a nível global.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.