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Cabo Verde e Guiné Equatorial acordam facilitação de vistos

Os dois países estão a trabalhar para que a livre circulação entre os dois países seja possível até ao final de 2019. A visita do presidente Teodoro Obiang a este país africano foi encurtada a pedida do próprio, de acordo com fontes do Ministério dos Negócios de Cabo Verde.
17 Abril 2019, 12h59

Cabo Verde e a Guiné Equatorial assinaram quatro acordos nas áreas da facilitação de vistos para portadores de passaporte diplomático e de serviço; combate à dupla tributação; proteção de investimentos e reconhecimento mútuo das cartas de condução.

As parcerias foram assinadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, o seu homólogo da Guiné Equatorial, Simen Oyono Esono Angue, na presença dos chefes de Estado Jorge Carlos Fonseca e Theodoro Obiang.

Segundo o governante cabo-verdiano, os dois países estão a trabalhar para a livre circulação entre os dois países ser possível até ao final do ano: “A isenção de vistos para portadores de passaportes diplomáticos e de serviço é uma etapa que era preciso fazer antes de se partir para a isenção” explicou.

Luís Filipe Tavares refere que, no quadro do projeto de mobilidade livre da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) isso será possível. “A proposta cabo-verdiana de livre circulação já está elaborada, ainda hoje a fiz circular entre os Estados-membros. Esperamos ter primeiro o apoio dos ministros de Administração Interna, que vão ter uma reunião no dia 27 na Cidade da Praia, e em julho teremos o Concelho de Ministros da CPLP, onde esperamos aprovar a proposta”, disse.

Simen Oyono Esono Angue afirmou que os acordos não podem ficar no papel: “Vamos trabalhar intensamente para que estes quatro acordos sejam implementados, para que possam servir para o desenvolvimento das nossas economias”, explicou aos jornalistas.

Questionado pela imprensa sobre a detenção, no Chade, de Andrés Esono (membro do partido da oposição Convergência para a Democracia Social), o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial recusou tecer comentários afirmado que o assunto não fazia parte da agenda desta visita.

Simen Oyono Esono Angue negou também a falar dos passos que a Guiné Equatorial irá dar para a abolição da pena de morte no seu país, anunciado para este ano, durante esta visita. “O nosso chefe de Estado já se pronunciou, e muito bem sobre esse assunto e eu não vejo necessidade de estar a responder de novo a essa questão”, frisou.

A visita que o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, está a efetuar ao país foi encurtada. A deslocação a ilha de São Vicente, prevista para esta quarta-feira, foi cancelada a pedida do próprio, de acordo com fontes do Ministério dos Negócios de Cabo Verde.

 

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