Cabo Verde melhorou a sua posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2018, elaborado pela Transparência Internacional (TI). De acordo com o relatório divulgado esta terça-feira pela organização, Cabo Verde obteve 57 pontos em 100 (numa escala onde 100 é “muito transparente” e zero “altamente corrupto”).
A pontuação fez com que este arquipélago africano passasse do 48º para o 45º lugar, tornando o país no terceiro mais bem classificado na África Subsaariana, a seguir às Seicheles e ao Botsuana. A nível mundial é o 45º mais transparente, num universo de 180 países e territórios.
Entre os outros países africanos de língua portuguesa, o ranking da TI aponta que também São Tomé e Príncipe registou pontuações acima da média dos países de África Subsaariana – a região com pior prestação no IPC – e manteve os 46 pontos e a 64ª posição que tinha na edição anterior do índice.
Angola manteve os 19 pontos da avaliação anterior, mas melhorou a sua posição, passando do 167º para o 165º. Entre os países lusófonos com quedas significativas está Timor-Leste (14 posições) e de Moçambique (cinco posições).
Em sentido contrário, o Brasil teve a pior pontuação em sete anos, sendo apontado como um dos países a monitorizar. “O Brasil caiu dois pontos desde o ano passado para os 35. É a mais baixa pontuação no IPC em sete anos”, aponta a TI. A pontuação do Brasil fica também abaixo dos 44 pontos de média do continente americano, ocupando a posição 20 entre os 32 países.
Portugal desceu um lugar e ficou a dois pontos abaixo da média europeia (Europa Ocidental e União Europeia), que é de 66 pontos, mas 21 pontos acima da média global, de 43 pontos. No ranking situou-se a 30º, enquanto em 2017 era o 29º país mais transparente do mundo.
Os Estados Unidos também caíram quatro pontos, saindo dos 20 primeiros países pela primeira vez desde 2011. O relatório da organização internacional com sede em Berlim coloca colca o país “sob observação” ao lado da Hungria e do Brasil.
O índice de 2018 também realizou uma análise cruzada com vários índices de democracia e encontrou uma ligação clara entre ter uma democracia saudável e combater com sucesso a corrupção no setor público. Em geral, a avaliação anual promovida por esta ONG concluiu que “o fracasso contínuo dos países em controlar significativamente a corrupção está a contribuir para uma crise da democracia em todo o mundo”.
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