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Cabo Verde tem 2,7 milhões de euros para apoiar empresas locais

Este montante anunciado pelo vice-primeiro-ministro cabo-verdiano irá ajudar as empresas nacionais em questões relacionadas com formalização, medidas de gestão, melhoria em reporte dos instrumentos contabilísticos e todo o aspecto ligado à organização empresarial, segundo o executivo.
5 Abril 2019, 10h34

O governo de Cabo Verde tem três milhões de dólares (cerca de 2,7 milhões de euros) à disposição da Pró-Empresa destinados ao apoio de empresas cabo-verdianas em todos os aspectos ligados à organização empresarial, informou o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças.

Olavo Correia falava, na Cidade da Praia, em audição com Comissão Especializada de Finanças e Orçamento da Assembleia Nacional, para avaliar a proposta de lei que extingue o ‘Trust Fund’ e cria o Fundo Soberano de Garantia do Investimento Privado.

Este montante anunciado pelo vice-primeiro-ministro irá ajudar as empresas nacionais em questões relacionadas com formalização, medidas de gestão, melhoria em reporte dos instrumentos contabilísticos e todo o aspecto ligado à organização empresarial, segundo o executivo.

“Já capitalizamos a Pró-Empresa com 3 milhões de dólares americanos”, pontuou o governante, reforçando que o Governo quer ver esse dinheiro nas empresas para gerar impacto porque, segundo afirmou, os jovens e as mulheres cabo-verdianas, que estão a precisar de emprego e de rendimento, necessitam de uma intervenção “rápida e eficiente” para que os resultados sejam produzidos.

Olavo Correia avisou ainda que todos os membros do conselho da administração que estão nas empresas beneficiárias deverão reportar resultados, porque senão serão demitidos das suas funções. “Nós não temos tempo para sermos complacentes com a falta de resultados”, pontuou.

A mesma fonte avançou ainda que o governo já negociou um pacote de mais de 500 milhões de dólares americanos para apoiar grandes projetos. “Temos hoje o Compacto Lusófono do Banco Africano, qualquer coisa como 1.4 biliões de Euros, que estão disponíveis para empresas cabo-verdianas”, exemplificou. “Temos do financiamento externo da União Europeia mais de 9 mil milhões de euros em garantias e financiamento para projetos para países africanos onde Cabo Verde esta inserido”, acrescentou.

Olavo Correia falou ainda em dinheiro de financiamento para as microempresas e microempresários. “Temos hoje no sistema bancário qualquer coisa como 220 milhões de euros que estão a dormir e que representam um custo para a política monetária”, prosseguiu o governante, defendendo a circulação do dinheiro, mas com garantia de uma “boa gestão” para que haja retorno.

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