Depois de vários anos a subir, tendo atingido aumentos de 300%, os preços do cacau iniciaram 2025 numa inversão de ciclo, tendo caído 30% desde o arranque do ano, sendo que nos últimos 30 dias a quebra foi de 15%, indica o jornal espanhol “El Economista”.
Os especialistas apontam as quebras nas produções devido a fenómenos provocados pelas alterações climáticas e doenças que destruíram plantações, como foi o caso do ‘El Niño’ que face às elevadas temperaturas deixou secos os campos de colheitas da Costa do Marfim e Gana, dois países que em conjunto são responsáveis por 55% da distribuição mundial de cacau.
Por outro lado, doenças como o fungo da vagem preta acabaram por destruir plantações. De acordo com o banco neerlandês ING, a Costa do Marfim vai produzir 300 mil toneladas, menos do que a sua média histórica de 500 mil toneladas. Embora esta seja a sua pior produção em mais de 10 anos, permitirá dar o primeiro passo para acumular lucros anuais de 11%, totalizando 1,85 milhões de toneladas.
A Organização Internacional do Cacau (ICCO) acredita que esta colheita vai ser crucial para o aumento da produção global que deverá crescer 8% este ano, atingindo 4,84 milhões de toneladas.
O Banco Mundial salienta que as condições de distribuição devem melhorar este ano em particular na Costa do Marfim, onde o clima favorável nas principais regiões produtoras poderá aumentar a produção até 17%.
O World Cocoa Institute prevê um excedente no mercado de 142 mil toneladas na campanha 2024/2025, quebrando uma série consecutiva de três anos com um défice negativo de 700 mil toneladas durante esse período.
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