A Câmara Africana de Energia elegeu o Presidente angolano, João Lourenço, como Personalidade do Ano no setor da Energia, reconhecendo o seu papel na transformação de Angola como um dos maiores produtores de petróleo e gás do continente.
A Câmara Africana de Energia (CAE) é uma organização que atua como porta-voz do setor energético africano, defendendo os seus interesses e promovendo o investimento trabalhando com parceiros africanos e internacionais, tanto no setor público como no privado.
“O prémio ‘Personalidade do Ano no setor da Energia’ reconhece o impacto do Presidente Lourenço, destacando como a sua liderança ambiciosa e inclusiva tem criado oportunidades de desenvolvimento para Angola e para a região”, salienta a CAE num comunicado.
A CAE justifica a distinção com a “estratégia a longo prazo” para revitalizar o setor, destacando que ao introduzir modelos de investimento mais adaptáveis, João Lourenço “conseguiu atrair novamente o interesse para o setor energético, o que resultou num aumento significativo do investimento em todas as fases da cadeia de valor da energia”.
Apontam entre as principais medidas de estímulo os contratos de serviços com partilha de risco, o regime de oferta permanente de blocos petrolíferos, a criação de oportunidades para exploração de campos marginais e a implementação de um programa para aumentar gradualmente a produção.
A privatização da Sonangol, a criação de entidades reguladoras específicas para as atividades de exploração (upstream) e refinação e distribuição (downstream), e a revisão da legislação fiscal contribuíram também, segundo a CAE, para reforçar o investimento e promover uma maior transparência no setor energético em Angola.
Atualmente, Angola projeta um investimento de 60 mil milhões de dólares (52,7 mil milhões de euros) ao longo dos próximos cinco anos e está a abrir novas oportunidades de licenciamento de blocos.
“Uma nova ronda de licenciamento, com início previsto para 2025, deverá impulsionar o investimento, oferecendo 10 blocos para exploração nas bacias do Kwanza e de Benguela”, assinala a CAE, acrescentando que Angola disponibiliza ainda 11 blocos adicionais para investimento por via de negociação direta, em paralelo com cinco oportunidades em campos marginais.
É também referido que o Presidente angolano “posicionou o setor do gás natural como motor do desenvolvimento do país” e que o país “estabeleceu como objetivo alcançar uma capacidade de refinação superior a 400 mil barris por dia”.
Em edições anteriores foram premiados Frank Fannon, antigo Secretário Adjunto de Estado dos Estados Unidos para os Recursos Energéticos, Mohammed S. Barkindo, ex-Secretário-Geral da OPEP; Hage Geingob, antigo Presidente da Namíbia; Meg O’Neill, CEO e diretora executiva da Woodside Energy, e Benedict Oramah, Presidente e Chairman do Conselho de Administração do Banco Africano de Exportação e Importação.
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