[weglot_switcher]

Câmara de Lisboa vai contratar mais de 500 trabalhadores em 2020

A despesa com pessoal da autarquia vai subir 12% no próximo ano em 33,8 milhões devido a novas contratações, integração de precários e novas competências.
17 Outubro 2019, 07h42

A câmara municipal de Lisboa (CML) vai contratar 517 trabalhadores para integrar os seus quadros no próximo ano. O município justifica estas contratações com a aposentação de trabalhadores ou as novas competências que ganhou, como na área da educação.

“Está em curso um amplo plano de recrutamento em diversas áreas, estando previstos 38 procedimentos concursais (nas áreas de arquitetura, arquivo, biblioteca e documentação, direito, economia, finanças e gestão, engenharias, medicina veterinária, assistente técnico, bombeiros sapadores, assistente operacional de educação, cantoneiros de limpeza, condutores, oficinas, guarda florestal, entre outros), num total de mais de 500 postos de trabalho”, pode-se ler na proposta de Orçamento Municipal para 2020, divulgado na quarta-feira, 16 de outubro.

Este recrutamento em larga escala vai aumentar as despesas com pessoal em 12,2% em 2020, um aumento de 33,8 milhões de euros para 277,1 milhões.

Além da entrada de 517 novos trabalhadores, o aumento das despesas com pessoal deve-se também à entrada de novos trabalhadores devido ao aumento de competências da autarquia na área da educação,  e devido à integração de 147 trabalhadores precários nos quadros do município no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários (PREVPAV).

A subida da despesa com pessoal no próximo ano também se deve à “mobilidade de trabalhadores de outros organismos a exercerem funções na CML”.

A autarquia presidida por Fernando Medina (PS) argumenta a necessidade de “renovação do quadro de pessoal para garantir os recursos humanos necessários às competências e estratégias municipais, com um forte investimento na qualidade do emprego, através do recrutamento de trabalhadores com qualificações adequadas e de relações contratuais estáveis”, segundo a proposta do Orçamento.

O município destaca que a “forte necessidade de renovação dos recursos humanos do município deve-se a vários fatores como “o impedimento legal de recrutar novos trabalhadores” durante o período da troika.

Ou o número de aposentações nos últimos nove anos (um total de 1.069 trabalhadores) e as aposentações previstas para os próximos cinco anos (cerca de 1.200 trabalhadores).

Paralelamente, a autarquia aponta para os “novos desafios que a cidade vem enfrentando, que exigem o reforço da sua força de trabalho em diversas áreas”.

Este recrutamento de centenas de novos trabalhadores também se justifica devido ao “processo de descentralização de competências da administração central para o município”, como na área da educação.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.