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Câmara do Porto adjudica meio milhão à firma de ex-sócio e apoiante de Rui Moreira

Sociedade de advogados Telles de Abreu soma quase 500 mil euros em ajustes diretos da autarquia portuense desde 2017. Vários dos seus sócios integram movimento de Rui Moreira e foram eleitos para a Assembleia Municipal.
12 Julho 2019, 09h45

Nos últimos dois anos, a Câmara Municipal do Porto (CMP) celebrou contratos por ajuste direto com a sociedade de advogados Telles de Abreu e Associados, num valor de cerca de 218 mil euros. Englobando entidades na órbita da CMP – como a Porto Lazer e a Empresa Municipal de Ambiente do Porto -, o valor ascende a cerca de 472 mil euros.

No mesmo período, a Cuatrecasas obteve 148 mil euros em ajustes diretos da CMP, mais cerca de 50 mil euros de outras entidades na sua órbita, perfazendo um valor global de 198 mil euros. A José Pedro Aguiar-Branco & Associados teve um ajuste direto de 74 mil euros e a Miguel Veiga, Neiva Santos & Associados 74 mil euros da CMP e 125 mil de entidades associadas.

São abundantes as interligações diretas entre a Telles de Abreu e a associação cívica Porto, o Nosso Movimento (PNM), através da qual Rui Moreira foi eleito para a presidência da CMP em 2013 e 2017. Desde logo Pedro Almeida e Sousa, sócio da Telles de Abreu e, ao mesmo tempo, vogal da mesa da assembleia geral da PNM. Acresce o facto de a Telles de Abreu ter prestado serviços à PNM naas autárquicas de 2017, como por exemplo uma queixa à Comissão Nacional de Eleições, por si assinada e na qual é visível o logótipo da Telles de Abreu.

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