Revelam os calendários litúrgicos que o dia 3 de novembro, data das eleições presidenciais nos Estados Unidos, é dedicado a S. Martinho de Lima, nascido a 9 de dezembro de 1579, filho de um nobre cavaleiro espanhol e de uma negra do Panamá, de origem africana, mas registado como filho de pai incógnito porque o verdadeiro progenitor não o quis reconhecer por ser negro.
A precisar desesperadamente de um milagre para ser reeleito, o atual presidente norte-americano Donald Trump, que não será devoto de S. Martinho de Lima, terá de recorrer a outras instâncias para levar de vencida o seu adversário, Joe Biden, que por estes dias se tem mantido em rigoroso confinamento, dada a sua provecta idade e o facto de aparentemente a pandemia de Covid-19 ter uma predileção por dar cabo da resistência dos velhos.
É de casa que o candidato democrata tem dirigido apelos a que os seus apoiantes se sintam suficientemente motivados para comparecerem nas mesas de voto a 3 de novembro – o que, segundo os críticos, está longe de ser um dado adquirido: o confinamento e a obrigação do uso do digital para chegar junto dos eleitores é definitivamente um sucedâneo de baixa qualidade dos comícios tradicionais, esses sim capazes dos maiores picos motivacionais.
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