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Campos e Cunha: “Tive pressões para mudar administração da CGD e nomear Armando Vara”

Sócrates disse em tribunal que Campos e Cunha quis demitir-se para não perder rendimentos. Ex-ministro reitera pressões para nomear Vara para a CGD.
Cristina Bernardo
31 Outubro 2019, 07h30

“Reitero que tive pressões para mudar a administração da Caixa e para nomear Armando Vara para a administração do banco”. É desta forma que Luís Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças do governo de José Sócrates, reage ao desmentido do ex-primeiro-ministro, em tribunal, de que o antecessor de Teixeira dos Santos tenha saído do Governo por se ter recusado a nomear Vara para a CGD.

Sócrates assegurou nesta terça-feira, 29 de outubro, ao juiz do tribunal de instrução criminal, no âmbito da fase de instrução da Operação Marquês, que Campos e Cunha foi obrigado a demitir-se por criticar uma medida do governo com a qual tinha concordado e que lhe iria reduzir os rendimentos.

Em declarações ao Jornal Económico, Campos e Cunha começa por ironizar que “não é a primeira vez” que José Sócrates “vem desmentir as razões que estão na base do meu pedido de demissão do Governo”.

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