A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) apela aos agricultores para que declarem os casos de doença da língua azul, de forma a que a real dimensão do surto seja verificada estatisticamente, permitindo que os mecanismos de apoio existentes possam ser devidamente acionados.
A CAP considera ser da “maior urgência que a tutela reconheça a enorme gravidade da situação e que intervenha, de forma célere, com ajudas financeiras aos agricultores e a inclusão da vacina contra o serotipo 3 da Língua Azul para ovinos e bovinos no PSA”.
“Há que rever também o encabeçamento mínimo para validar as medidas dos ecorregimes e medidas agroambientais para assegurar a continuidade das explorações e a sua sustentabilidade económica. Do mesmo modo, devido à elevada taxa de abortos, torna-se igualmente imperativo instituir um regime de exceção quanto ao cumprimento do intervalo entre partos, previsto em algumas das medidas de apoio do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC)”, frisou a confederação.
Segundo a CAP, “tal medida visa evitar que os produtores sejam ainda mais prejudicados, ficando impossibilitados de concorrer aos referidos apoios”.
A CAP acrescentou ainda que “o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA), coordenado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária do Ministério da Agricultura, não tem tido a capacidade de processar o elevadíssimo número de animais mortos na sequência da epidemia de febre catarral ovina, que atinge já todos os distritos de Portugal continental”.
“O referido sistema não está dimensionado para uma situação catastrófica como a atual, que, de acordo com dados recolhidos pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) junto das suas Associadas e com base nas estatísticas de animais mortos por esta doença no mesmo período do ano passado, já terá vitimado ao dia de hoje cerca de 40 mil animais de norte a sul do país”, frisou.
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