A consultora Capital Economics prevê uma recessão económica de 2% em Angola este ano e considera que a situação da dívida pública “pode ser pior” do que os números mostram, alertando para o caso de Moçambique.
“O ritmo da contracção económica em Angola vai provavelmente abrandar um pouco em 2019, mas não pensamos que a economia vá regressar ao crescimento até 2020”, lê-se numa análise a várias economias da África subsaariana, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso.
A Capital Economics, que foi a primeira consultora a prever uma recessão em Angola em 2016, o primeiro de três anos seguidos de crescimento negativo em Angola, antevê que o PIB tenha uma quebra de 2% este ano, recuperando depois em 2020 para mais de 2%.
“Esta é uma estimativa marcadamente abaixo do ‘consensus’ [média dos analistas]”, admitem os analistas, vincando que “o PIB per capita, que se tem contraído desde 2015, não deve crescer até, pelo menos, 2021”, ou seja, o aumento da riqueza não será suficiente para compensar o crescimento da população.
Na parte da análise relativa a Angola, os analistas dizem que “o choque causado pelas recentes reformas [lançadas pelo Governo em 2017 e 2018] vai continuar a desvanecer-se este ano” e admitem que “as grandes falhas de moeda estão provavelmente resolvidas, o que fará com que a inflação abrande durante este ano”.
A queda dos preços do petróleo, que motivou o Governo a anunciar um Orçamento retificativo para reequilibrar as contas, “vai desferir um duro golpe nos termos do comércio de Angola. Com Lusa
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