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Carlos Almeida: “Green bonds poderão flexibilizar cálculo da dívida pública”

Portugal poderia beneficiar ao fazer uma emissão de dívida soberana sustentável, segundo Carlos Almeida, diretor de investimentos do Best.
22 Novembro 2020, 17h00

Faz esta sexta-feira um mês que a União Europeia (UE) deu um passo histórico quando emitiu obrigações sociais para financiar 17% do programa SURE. Foi a primeira vez na sua história que o bloco regional colocou no mercado 17 mil milhões de euros em dívida comum. “Conseguimos dar uma forte resposta europeia que foi uma expressão de solidariedade”, vincou o comissário europeu para o orçamento, Johannes Hahn, que liderou a operação.

Foi a primeira de muitas emissões de obrigações ESG com o selo comum europeu. O SURE, programa europeu de ajuda às medidas sociais lançadas pelos governos, como o apoio ao emprego, tem um plafond de 100 mil milhões de euros. E, 30% da grande bazuca europeia, o Next Generation EU, será também financiado por obrigações verdes.

A procura pelas social bonds comunitárias emitidas no dia 20 de outubro atingiu os 233 mil milhões de euros. O diretor de investimentos do banco Best explica ao Jornal Económico que a forte procura pelas obrigações sociais se deveu não apenas à “importância de termos instituições fortes em períodos de maior turbulência”, mas também porque beneficiaram de um nível de rating ‘AAA’.

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