O Iniciativa Liberal (IL) apresenta-se pela primeira vez às legislativas com o objetivo de eleger, pelo menos, um deputado. Em entrevista ao Jornal Económico, o seu líder, Carlos Guimarães Pinto, cabeça de lista pelo Porto, diz que os partidos têm gerado “alternância”, mas não “alternativa ideológica clara”, e que é preciso menos Estado para mexer a economia. É a favor da eliminação gradual do IRC, de uma taxa única para o IRS e de privatizar a CGD. Quanto à sua escassa notoriedade, diz: “A política não são as pessoas, são as ideias”.
Acredita que há 22 mil liberais em Lisboa e no Porto?
Acredito que há muitos mais. Defendem muitas das nossas causas, querem carga fiscal mais baixa, querem mais liberdade de escolha. No fundo, são liberais mas ainda não o sabem.
Precisa que esses 22 mil vão votar para ser eleito deputado pelo Porto e outros 22 mil para que João Cotrim Figueiredo seja eleito por Lisboa. Em que é que a democracia portuguesa sai a ganhar se isso acontecer?
Terá pela primeira vez uma voz liberal no Parlamento. Portugal é um dos poucos países europeus sem um partido liberal com alguma força. Isso traria alguma diversidade ideológica ao Parlamento, que é algo que lhe falta.
Qual é o maior adversário do liberalismo: a CDU, o BE e a ala dominante no PS, por terem propostas assumidamente estatizantes, ou o PSD e o CDS-PP, por não conseguiram abrir a economia e a sociedade quando estão no poder?
São dois tipos de adversários. Os mais frontalmente contra o liberalismo estão no Bloco, PS, etc, sendo ideologicamente contra, e o PSD e CDS são adversários no sentido de que são vistos como alternativa, mas quando exercem o poder nunca a fazem. Acabam por ser uma ilusão de alternativa que é mais uma alternância do que uma alternativa ideológica clara.
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