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Carlos Moedas defende que autarquia devia gerir o Metro de Lisboa

O presidente da autarquia da capital diz em entrevista ao DN que “faria todo o sentido que o metro fosse gerido pela Câmara Municipal de Lisboa”.
Moedas
29 Setembro 2023, 10h27

Carlos Moedas diz, em entrevista ao Diário de Notícias, que “faria todo o sentido que o metro fosse gerido pela Câmara Municipal de Lisboa” e diz ainda que “num discurso, pedi ao senhor primeiro-ministro que o Metro, pelo menos, tivesse um administrador que fosse da Câmara para fazer essa ligação. O senhor primeiro-ministro não me respondeu ainda e percebo que a política é a política, mas temos de ir para cima da política. Para termos uma visão de conjunto dos transportes em Lisboa, temos de ter o Metro e a Carris”.

“Como é que as pessoas percebem que o Metro de Lisboa é do Governo e a Carris é da Câmara de Lisboa? Primeiro toda a gente acha que o Metro também é da Câmara e, portanto, as queixas vêm para o presidente da Câmara. Não faria sentido, de uma vez por todas, se queremos falar numa mobilidade em conjunto, que o Metro também fosse responsabilidade da Câmara Municipal? Telefonam-me a dizer que as escadas do Metro não funcionam, lá tenho de telefonar ao presidente do Metro, mas não sou eu que tutelo”, refere ainda ao Diário de Notícias, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Carlos Moedas falou ainda da política de habitação e da dificuldade de gerir o património por causa da oposição na CML. Lembrou a Carta Municipal de Habitação, apresentada pela vereadora Filipa Roseta que não foi aprovada pela oposição.

O Presidente da Autarquia diz que a primeira medida tomada neste executivo foi olhar para as casas vazias nos bairros municipais.

”Tínhamos duas mil casas vazias e, num ano e meio, mais ou menos, recuperámos 700. Dei mil trezentas e muitas chaves aos lisboetas, que pagam a sua renda, segundo aquilo que podem”, referiu.

A Câmara Municipal é um dos maiores proprietários imobiliários do País, tem 22 mil apartamentos em Lisboa, revelou ao DN.

“A gestão imobiliária de uma Câmara é comprar e vender, muitas vezes vendem-se edifícios, compram-se outros para fazer habitação acessível” disse Carlos Moedas que se queixa que a oposição política dentro da autarquia “embarga-me e não me deixa gerir o imobiliário”.

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