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Cartões dominam: pagamentos em dinheiro caem a pique na zona euro

Mais de metade das transações foram efectuadas através de cartões, sejam eles de débito ou crédito. As transferências bancárias representaram 21% do total, os débitos diretos 15% e os pagamentos com dinheiro eletrónico 6%.
Visa (Cartões de Crédito)
29 Julho 2025, 12h29

Os pagamentos em numerário estão a perder relevância face às operações realizadas com cartões, transferências bancárias e débitos diretos. De acordo com os dados divulgados esta semana pelo Banco Central Europeu (BCE), o volume total de transações sem utilização de dinheiro físico aumentou 8,6% no segundo semestre de 2024, totalizando 77,6 mil milhões de operações, no valor de 116,9 biliões de euros.

Mais de metade destas transações (57%) foi efetuada através de cartões, sejam eles de débito ou crédito. As transferências bancárias representaram 21% do total, os débitos diretos 15% e os pagamentos com dinheiro eletrónico 6%, segundo o BCE. O 1% remanescente corresponde a cheques, remessas e outros serviços de pagamento.

O chamado “dinheiro de plástico” continua a ganhar preferência na zona euro. O número de cartões em circulação cresceu 8,2% no final do segundo semestre de 2024, atingindo os 750 milhões, em comparação com o mesmo período de 2023. Em média, cada habitante da zona euro possui 2,1 cartões de pagamento, sendo o valor médio por transação de cerca de 39 euros.

Portugal ocupa a segunda posição entre os 20 países da zona euro com maior utilização de pagamentos por cartão, representando 78,6% de todas as transações sem dinheiro vivo. Apenas a Lituânia, com 79,5%, ultrapassa Portugal, que se mantém à frente de Chipre, onde a percentagem é de 74%. À medida que o dinheiro em espécie perde espaço no dia a dia, cada vez mais pessoas optam pelos cartões de crédito para facilitar pagamentos e controlar melhor as despesas. Este uso também se dá ao facto das variadas vantagens que o cartão de crédito pode dar. 

Paralelamente, em Portugal regista-se uma queda nas transferências bancárias,  responsáveis por apenas 9,7% das transações não monetárias, bem como nos débitos diretos (7,6%) e nos pagamentos através de dinheiro eletrónico, que representam só 2,3% do total.

Os pagamentos contactless continuam a expandir-se, registando um crescimento de 15,5% e atingindo 29,5 mil milhões de operações face ao segundo semestre de 2023.

Dados do BCE indicam ainda que, no final do segundo semestre de 2024, o número total de caixas automáticos (ATM) na zona euro diminuiu 3,1%, fixando-se em cerca de 253,7 mil unidades, enquanto o número de terminais de pagamento automático (POS) subiu 7,9%, chegando a aproximadamente 20,7 milhões. 

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