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Catalunha: sondagem indica que independentistas já não são maioria

A rejeição da independência cresce 4,5 pontos e excede o ‘sim’ à separação com Espanha, segundo uma sondagem da própria Generalitat. Mas a ERC deve ganhar as europeias.
Juan Medina/Reuters
12 Maio 2019, 17h00

A rejeição da independência da Catalunha aumentou 4,5 pontos nos últimos dois meses e chega agora aos 48,6%, o que, num hipotético referendo, seria suficiente para ganhar á bloco independentista, segundo uma sondagem realizada pelo ‘insuspeito’ Centro de Estudos de Opinião (CEO) da Generalitat. Segundo aquele estudo de opinião, o ‘sim’ à secessão não iria além dos 47,2%.

A percentagem de cidadãos da Catalunha que se opõem à independência não superava os que preferem separa-se de Espanha desde junho de 2017: pesquisa idêntica realizada em março passado indicava que os não independentistas eram apenas 44,1%.

No sentimento pessoal dos inquiridos, 40,4% sentem-se espanhóis enquanto catalães, 26,1% sentem-se apenas catalães, 21,4% mais catalães do que espanhóis, 5,1% apenas espanhóis e 3,1 % mais espanhol que catalães. Por outro lado, 49,3% dos catalães observam como pouca provável de que o governo de Madrid consiga oferece à Catalunha um acordo que seja aceitável para a maioria do Parlamento.

Em relação à adequação territorial da Catalunha na totalidade da Espanha, 35% dos inquiridos são a favor de uma Catalunha como Estado independente, 29,4% optam por um Estado dentro de uma Espanha federal, 25,8% preferem que a comunidade permaneça como região autónoma da Espanha e 6% preferem ser uma região espanhola.

A sondagem revela, por outro lado, que a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) deverá ganhar as eleições europeias na Catalunha, com estimativas de voto da ordem dos 22,5%, seguido de perto pelo Partido Socialista da Catalunha (22,2%) e o JxCat (de Carles Puigdemont, que quer ser candidato, 21,2%. O Podemos alcançaria 13,3%, o Ciudadanos 11%, o PP 4,2% e o Vox 3,2%.

A sondagem, realizada já após as eleições gerais, alerta para que, no entanto, ainda há mais de 32% de indecisos e uma percentagem significativa de inquiridos que não respondem (7,4%), de modo que os resultados são “muito abertos”, segundo o próprio CEO.

O estudo também analisa os resultados das eleições gerais de 28 de abril e, quando perguntado sobre as preferências para a formação do governo, ganha amplamente, com 60,2% das respostas, um executivo de coligação entre o PSOE e o Juntos Podemos. Cerca de 17,6% prefeririam um governo apenas do PSOE e 13,8% do PSOE e do Ciudadanos.

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