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Catroga: “Famílias vão ter de se adaptar ao novo normal das taxas de juro”

O economista destacou que o “novo normal” das taxas de juro é o “velho normal” quando as taxas de juro estavam mais elevadas.
4 Outubro 2023, 19h24

Eduardo Catroga considera que as taxas de juro vão continuar elevadas durante algum tempo, e que vão manter-se num nível semelhante ao registado entre 2000 e 2010.

“A política monetária e cambial desenvolvida pelo BCE vai manter estas taxas de juro atuais por um período relativamente longo”, afirmou o antigo ministro das Finanças.

“As famílias vão ter de se adaptar ao novo normal, que é o velho normal”, afirmou, recordando as taxas de juro entre 2000 e 2010.

As declarações tiveram lugar durante o painel “Portugal em 2024” durante a conferência Outlook 2024 que celebra o 7.º aniversário do Jornal Económico que decorre hoje em Cascais.

“Na primeira década do BCE, a taxa normal andou à volta dos 3%, com a inflação core à volta de 1,8%. Temos de nos habituar a voltar às taxas de juro normais”, disse o economista.

Eduardo Catroga considera que existe o risco de o BCE não conseguir atingir a meta de 2% para a inflação em 2024. “O risco era mínimo, os mercados acreditavam. Se não acreditarem, põem taxa de risco na taxa de juro”.

Sobre a taxa de inflação elevada, sublinhou: “Há quem diga que a taxa de inflação atual começou antes da Covid”, apontando como causas a transição energética ou o “arrefecimento da globalização que aumentou os custos de produção”.

 

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