Em ano de eleições, o brilharete orçamental de Mário Centeno deverá beneficiar ainda do bónus da atitude mais dovish de Mario Draghi. O Banco Central Europeu (BCE) já sinalizou que não irá aumentar as taxas de juro antes do final de 2019, adiando o anterior timing de um aumento após o verão deste ano. Aliado à nova série de empréstimos de longo prazo à banca, a liquidez da economia nacional deverá ser um dos trunfos do Governo este ano.
Portugal tem-se financiado com taxas de juro historicamente baixas e a tendência deverá manter-se, segundo os analistas ouvidos pelo Jornal Económico. A isso acresce um impulso ao consumo e um incentivo à concessão de créditos, quando a banca ainda recupera dos legados da crise financeira.
“A percepção de que o BCE não irá subir taxas de juro num futuro previsível favorece a procura por taxa fixa na zona euro e Portugal tem visto os juros da dívida a baixar também por causa disso”, explicou Filipe Garcia, economista e presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros.
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