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CDS/Congresso: Carlos Meira quer combater “ditadura do gosto” imposta pela esquerda

O candidato à liderança do CDS-PP Carlos Meira afirmou hoje que quer deixar “a comodidade do sofá” e ir para a rua combater o que considerou ser “a nova ditadura do gosto”, imposta e “financiada por uma certa esquerda”. “Tal como entrei neste congresso, solto e livre, autêntico e combativo desafio-vos a todos, e cá […]
25 Janeiro 2020, 14h54

O candidato à liderança do CDS-PP Carlos Meira afirmou hoje que quer deixar “a comodidade do sofá” e ir para a rua combater o que considerou ser “a nova ditadura do gosto”, imposta e “financiada por uma certa esquerda”.

“Tal como entrei neste congresso, solto e livre, autêntico e combativo desafio-vos a todos, e cá estarei para dar o exemplo, a sairmos da comodidade do sofá, do conforto das nossas salas e voltarmos à rua, sim à rua, e sem tréguas”, disse o candidato à sucessão da atual líder, Assunção Cristas.

O antigo líder da concelhia de Viana do Castelo disse ao congresso que o seu objetivo passa por combater “a nova ditadura do gosto”.

“Uma ditadura do gosto apoiada, suportada e financiada por uma certa esquerda que nos quer impor limites à nossa forma de viver, barreiras à nossa forma de educar, leis e mais leis à nossa forma de estar”, vincou.

O centrista assegurou aos congressistas que, caso seja eleito o próximo presidente do CDS, podem contar consigo “para esse debate”.

O 28.º Congresso do CDS-PP arrancou hoje e termina no domingo, em Aveiro. Além de Carlos Meira são também candidatos à presidência do CDS João Almeida, Francisco Rodrigues dos Santos, Abel Matos Santos e Filipe Lobo d’Ávila.

Na intervenção de apresentação da sua moção, intitulada “Pelo futuro, por Portugal”, Carlos Meira considerou que “o CDS bateu no fundo, e com muito estrondo”, e apontou que “negar este facto e evidência não é querer bem ao CDS”.

“Negar o desperdício, as avenças, as subvenções, as negociatas ruinosas praticadas pelo CDS e no CDS é tapar o sol com a peneira, negar a realidade escura que hoje se vive e vivemos no CDS em nada ajuda e contribui para haver uma vida nova e nova vida do CDS”, criticou.

Por isso, o centrista assinalou que se apresenta a este congresso “também para ajudar a levantar, a novamente erguer o CDS”.

Porém, para o partido se erguer, “precisa de clarificar, de mudar, de mudar muito e de mudar a sério para recuperar o mais possível a sua credibilidade, de mudar muito para o CDS se reencontrar, de mudar muito para o CDS ter esperança na sua indispensável utilidade”, elencou.

Lá fora espera-nos “um povo que está desconfiado de nós”, advogou.

“Este congresso, num dos seus tempos mais difíceis, não é congresso para passar cheques em branco”, vincou Carlos Meira, desafiando os primeiros subscritores de todas as moções de estratégia global que vão a votos, a “dizer preto no branco aos congressistas quem são os primeiros vice-presidentes das suas listas e devem dizer quem são os secretários gerais que irão propor” antes da abertura das urnas de voto, “para que não haja hesitações, dúvidas ou equívocos”.

No final da apresentação, o candidato, de 34 anos, agradeceu aos militantes mais velhos, que trouxeram “mais oportunidades” à sua geração e deixou uma “palavra de certeza e de ânimo” aos mais jovens, e instou-os “lutarem pela liberdade e pela democracia”.

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