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CDS considera que explicações de Cabrita sobre SIRESP reforçam necessidade de esclarecimentos

Os democratas-cristãos esperam que o pedido para ouvir, com carácter de urgência, o ministro seja aprovado dadas as “contradições insanáveis” do Governo.
  • Cristina Bernardo
9 Abril 2019, 19h41

O CDS-PP considera que as explicações dadas pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, esta terça-feira relativamente à rede SIRESP vieram causar “mais confusão” e reforçar a necessidade de esclarecimentos no Parlamento. Os democratas-cristãos esperam que o pedido para ouvir, com carácter de urgência, o ministro seja aprovado dadas as “contradições insanáveis” do Governo.

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, diz ao Jornal Económico que as declarações de Eduardo Cabrita sobre o SIRESP assentam em “contradições insanáveis, dúvidas perturbantes e incertezas preocupantes” para o país. “Existem várias incertezas em relação à capacidade do SIRESP em não falhar em novas operações”, sublinha o líder da bancada do CDS-PP.

Nuno Magalhães nota que, na conferência de imprensa que se realizou esta tarde, Eduardo Cabrita reafirmou todas as informações que deu em abril de 2018, na Assembleia da República, e alegou ter havido uma confusão entre disponibilidade global ou disponibilidade operacional do sistema. “Isso levanta uma dúvida perturbante”, afirma Nuno Magalhães, considerando que o Governo é que aparenta estar a confundir os dois conceitos.

O líder da bancada centrista salienta ainda que “afinal há um relatório” sobre os incêndios de 2017, que vitimaram mais de cem pessoas. A conclusão chega depois de o Governo ter negado a sua existência.

“As declarações do senhor ministro vieram trazer ainda mais confusão e perplexidade. O Governo não prestou esclarecimentos quando devia e, por isso, deve esclarecer ainda esta semana no Parlamento e a todos os portugueses esta questão”, afirma Nuno Magalhães.

O CDS-PP elogia ainda a iniciativa do ministro da Administração Interna de pedir à secretaria-geral do Ministério para elaborar um documento-síntese dos dados e conclusões constantes nos dossiers e documentos sobre os incêndios. “Tudo o que seja mais informação ao Parlamento e aos portugueses só podemos louvor”, diz Nuno Magalhães, salientando que tal deve partir “da verdade total”.

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