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CDS considera que Orçamento de Estado ficará “aquém” do esperado

Cecília Meireles sublinhou que no OE para 2021 “quem fica esquecido neste orçamento é precisamente o investimento privado e as empresas e os seus trabalhadores que lutam para sobreviver numa economia que é ainda muito incerta e portanto essa foi a primeira preocupação que transmitimos ao Governo”.
  • Mário Cruz/Lusa
6 Outubro 2020, 12h52

A deputada do CDS-PP Cecília Meireles referiu esta terça-feira, 6 de outubro, que o partido concluiu que o Orçamento de Estado (OE) para 2021 ficará “aquém” do esperado depois de reunião com o Governo onde foram apresentadas as linhas gerais da proposta do OE 2021.

“Não prevejo nenhuma boa surpresa do lado do Orçamento. Acho que o orçamento ficara muito aquém do que nós achamos que era esperado”, garantiu Cecília Meireles.

“Importa dizer que o Governo escolheu negociar este Orçamento com os partidos à sua esquerda, com o PCP, com o Bloco de Esquerda , com o PEV e com o PAN , aquilo que resulta das linhas gerais é aquilo que nós já sabíamos, um Orçamento que dá muito menos importância à iniciativa privada do que dá à função pública do que dá ao investimento público e que acha que o motor da economia é o Estado e o investimento público”, apontou a deputada centrista.

Cecília Meireles sublinhou que no OE para 2021 “quem fica esquecido neste orçamento é precisamente o investimento privado e as empresas e os seus trabalhadores que lutam para sobreviver numa economia que é ainda muito incerta e portanto essa foi a primeira preocupação que transmitimos ao Governo”.

A outra preocupação do partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos transmitida ao executivo de António Costa foi a de “salvaguardar postos de trabalho”. “É preciso que estas empresas sobrevivam e como tal era importante que houvesse medidas designadamente medidas fiscais ou medidas de apoio a fundo perdido que fossem transversais a todas as empresas e percebemos que não é isso que está previsto”.

“Está previsto medidas fiscais cirúrgicas ou a continuação das políticas da linhas que credito que  resolve o problema de algumas empresas”, explicou Cecília Meireles que acredita que no OE as medidas, no futuro, se vão traduzir num “monumental problema”.

Para o PCP, “o mais importante em anos de pandemia não é o défice, o mais importante é perceber se nós em relação aos fundos europeus que vão ser recebidos os vamos utilizar para fazer reformas a sério e para Portugal não estar sistematicamente a discutir os últimos lugares no ranking do crescimento ou os vamos utilizar para gastar dinheiro, distribuir dinheiro e ao fim de três ou quatro anos termos perdido uma oportunidade de dar a volta”.

“Mais importante do que saber qual é o défice, este ano ou no ano que vem é perceber o que vai ser a economia portuguesa nos próximos dez ou vinte anos e eu quando falo de economia, não estamos falando de empresas, estamos a falar de oportunidades para as pessoas, nós estamos a falar do que pode esperar alguém que está agora, por exemplo, a entrar na universidade”, frisou Cecília Meireles assegurando que “este Orçamento não dá essa resposta”

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